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Funcionárias da Seção Criminal são homenageadas pelo Dia da Mulher

    “Declaro, neste dia, que todas as mulheres presentes são lindas criaturas, são preciosidades que merecem uma grande homenagem”. Estas palavras compunham o discurso do presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça, Eduardo Pereira Santos, lidas na tarde desta sexta-feira (14/03), em evento que comemorou o Dia Internacional da Mulher. Quem fez a leitura foi a juíza Maria Domitila Prado Manssur Domingos, uma das assessoras da Seção Criminal, que, juntamente com ele, apoiou a iniciativa das desembargadoras Angélica de Maria Mello de Almeida e Maria Tereza do Amaral e da juíza substituta em segundo grau Maria de Lourdes Rachid Vaz de Almeida, todas também integrantes da Seção Criminal. A celebração ocorreu no Fórum João Mendes Jr., na capital paulista. 
    O evento foi uma homenagem às funcionárias da Seção e juízas do Fórum Central. Sua atração principal foi uma palestra proferida por Anita Weigand de Castro, médica do Tribunal, especialista em Fisiatria. Como a maioria dos atendimentos médicos do TJ refere-se a problemas músculo-esqueléticos, o tema escolhido foi LER-DORT (Lesões por Esforços Repetitivos e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho). As participantes tiveram aulas práticas de alongamento e orientações relativas à postura, aspectos do ambiente de trabalho e condições emocionais desgastantes. 
    O discurso de Eduardo Pereira Santos, que abordou a questão da igualdade entre homens e mulheres, afirmava que esta ainda é escassa na sociedade brasileira e na prática do nosso Direito. Ele recordou que a primeira juíza do Tribunal de São Paulo foi admitida somente em 1981. 
    A desembargadora Angélica de Almeida, que foi a primeira juíza a atuar na Seção Criminal, pôs em questão a expectativa do povo brasileiro quanto ao papel da mulher e ressaltou que a imagem feminina servil ainda se faz presente na cultura do País. “E isso é debitado à natureza feminina”, disse. A magistrada lembrou que essa imagem pode ser alterada e deve ser construída no dia-a dia. “Nós, que saímos do espaço doméstico para o espaço público, ultrapassamos a barreira que faz da mulher um ser ligado a determinadas atividades. A idéia de que a mulher deve desempenhar tal ou qual função deve ser afastada. O importante é que possamos exercitar a condição de pessoa”, concluiu a desembargadora, em nova referência ao princípio da igualdade.   


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