Novembro Azul: Prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata salva vidas
TJSP participa da campanha Novembro Azul.
Números do Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde mostram que, entre os anos de 2019 e 2021, o Brasil registrou mais de 47 mil mortes causadas por câncer de próstata. Somente em 2021, 16.055 homens perderam a vida em consequência da doença, o equivalente a 44 mortes por dia. Além disso, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que 65.840 novos casos de câncer de próstata serão diagnosticados em 2022. De acordo com o Ministério da Saúde, é o segundo tipo mais comum entre os homens, com cerca de 30% dos casos, ficando só atrás do câncer de pele não melanoma.
Para auxiliar na mudança desse panorama, o Tribunal de Justiça de São Paulo participa da campanha internacional voltada à conscientização para o controle e prevenção do tumor, batizada de Novembro Azul. A iniciativa teve origem na cidade de Melbourne, Austrália, em 2003, e chegou ao Brasil em 2008 por iniciativa do Instituto Lado a Lado Pela Vida. São promovidas diversas ações por todo o país relacionadas à saúde do homem durante o mês, como eventos e palestras, entre outras atividades.
A Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) do Tribunal de Justiça de São Paulo divulgou no começo do mês, para todos os magistrados e servidores, o informativo “Novembro Azul – prevenção e diagnóstico do câncer de próstata”. A iniciativa, vinculada ao projeto Ação Saúde, buscou informar e incentivar a prevenção.
O geriatra Marcos Galan Morillo, médico judiciário do TJSP, avalia que a resistência dos homens para monitoramento do tumor tem caído ao longo dos anos e a melhor forma é pela combinação do exame clínico de toque retal e de sangue PSA (Antígeno Prostático Específico). “De 10% a 20% dos diagnósticos de câncer são realizados em casos de pacientes com PSA normal, o que comprova a importância desse acompanhamento com o urologista. Quando detectado em fase inicial, as chances de cura são de 90%”, explica.
O profissional recomenda que homens que tenham casos de pai ou irmãos com a doença antes dos 60 anos ou outros fatores de risco, devem começar esse monitoramento aos 45 anos. Nos demais casos, o rastreamento deve iniciar aos 50 anos, com consultas periódicas ao urologista.
Os sintomas mais comuns costumam aparecer somente no estágio mais avançado, e entre eles estão: urinar com dificuldade ou com mais frequência; ardência ou dor ao urinar; sangue na urina ou sêmen; e também ejaculação dolorosa. Por isso, é importante ficar atento a fatores de risco, como idade acima dos 65 anos e histórico familiar, além de sobrepeso e obesidade (sedentarismo e alimentação irregular).
A prática de atividade física (média de 30 minutos por dia), bons hábitos alimentares, controle do peso, hábitos saudáveis de sono e cuidado com a saúde mental, consumo moderado de bebidas alcóolicas e também não fumar, são fatores importantes para a prevenção.
N.R.: texto originalmente publicado no DJE 16/11/22.
Comunicação Social TJSP – GC (texto) / MK (layout)
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