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Visitas e palestras marcam terceira semana da exposição “1 julgamento, 4 línguas"

Eventos aconteceram no Palácio da Justiça.
 
A série de encontros entre a academia e a exposição 1 julgamento, 4 línguas: os pioneiros da interpretação simultânea em Nuremberg teve continuidade no Tribunal de Justiça de São Paulo, com palestras e visitas monitoradas à mostra pela terceira semana consecutiva. Na segunda-feira (27), foram recebidos alunos do curso de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com abertura realizada pelo desembargador Carlos Otávio Bandeira Lins. Hoje (30), aconteceu a palestra A difícil e inglória tarefa dos intérpretes em zonas de conflito, ministrada pela integrante da Associação Internacional dos Intérpretes de Conferência (AIIC), Linda Fitchett. Os eventos ocorreram no Salão do Júri, seguidos de visitas à exposição, no Salão dos Passos Perdidos, ambos os espaços localizados no Palácio da Justiça.
O desembargador Bandeira Lins falou sobre a satisfação do Tribunal por receber a exposição que percorreu diversos locais do mundo. Em seguida, Amy Herszenhorn, integrante da Associação Profissional dos Intérpretes de Conferência (APIC), fez breve apresentação sobre a origem da mostra. Também participaram da mesa os professores da PUC-SP Márcia Pelegrini e Cassio Scarpinella Bueno, que salientaram a importância da exposição. “A história existe para ser lembrada e para não cometermos os mesmos erros de outras gerações”, disse Scarpinella Bueno.
Após conhecer a mostra no Salão dos Passos Perdidos, os alunos retornaram ao Salão do Júri para acompanhar a palestra Impactos do julgamento de Nuremberg nos Direito Internacional e Direitos Humanos, com a professora da PUC-SP Flávia Piovessan, que foi integrante da Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (2018-2021). “Foi o momento em que ficou entendido que não só o Estado, mas uma pessoa também por ser julgada sob o ponto de vista do Direito Internacional”, disse. Ela lembrou que a corte teve a preocupação de realizar o julgamento também das lideranças que ordenaram as atrocidades do regime nazista. Ao final, o público realizou visita monitorada pelo Palácio da Justiça.
A palestra de hoje (30) foi conduzida pela integrante da APIC, Célia Kfouri. A palestrante Linda Fitchett falou sobre profissionais da área que são perseguidos e mortos por insurgentes, torturados por regimes militares, processados e presos. Ela lidera iniciativa que busca resolução da ONU para proteção de tradutores e intérpretes em situações de conflito. “É uma questão de Direitos Humanos. Queremos status semelhante ao de entidades como Cruz Vermelha e Médicos sem Fronteiras”, explicou.
 
Exposição
A exposição 1 julgamento, 4 línguas: os pioneiros da interpretação simultânea em Nuremberg traz à tona as atrocidades cometidas pelo Terceiro Reich durante a Segunda Guerra Mundial e que foram reveladas à humanidade e julgadas pelo Tribunal Militar Internacional graças à primeira interpretação simultânea oficial realizada no mundo, durante o Julgamento de Nuremberg, na Alemanha. A mostra, organizada pela Associação Internacional de Intérpretes de Conferencia no Brasil – Brasil (AIIC) e pela Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC), pode ser visitada até 10 de abril, de segunda a sexta-feira, das 13 às 17 horas (Praça da Sé, s/nº, 2º andar, no Salão dos Passos Perdidos).
 
 
  Mais fotos no Flickr: evento em 27/3 e palestra do dia 30/3.
 
 
  Comunicação Social TJSP – GC (texto) / PS(fotos) 
 
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