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Curso de comunicação não-violenta é promovido na EPM

Aulas com dinâmicas de grupo e enfoque prático.  
 
A Escola Paulista da Magistratura (EPM) iniciou, segunda-feira (2), o curso Comunicação não-violenta, ministrado pelo professor Silvio de Melo Barros. A comunicação não-violenta (CNV) busca gerar relações de cooperação e parceria, em que se valoriza a comunicação empática. 
O juiz Egberto de Almeida Penido, coordenador do curso e da área de Justiça Restaurativa da Escola, pontuou a relevância do assunto. “O caminho da CNV e da cultura de paz tem caráter transcendental, é um caminho de simplicidade que não se reduz à técnica, apesar de possuir metodologias importantíssimas”, disse. “Entre as muitas estratégias, estar junto para avançar no trabalho de desconstrução da cultura de guerra é algo potente. Devemos, de fato, ser a mudança que queremos”, complementou. 
Na aula inaugural, Silvio Barros falou sobre a CNV e a visão do psicólogo americano Marshall Rosenberg. Ele esclareceu que o curso tem enfoque vivencial, por meio de dinâmicas de grupo e abordagem de conflitos reais. “Lidar com atritos no dia a dia é desafiante, porque há uma distância entre nosso repertório cognitivo e sustentar isso na prática. Quando crianças, somos autênticos, falamos não. Ao longo da vida, negociamos essa autenticidade por algo gigantesco, que é o pertencer. Não vivemos sozinhos. Quantas vezes falamos sim, querendo dizer não?”, questionou. 
O professor, que atua há dez anos na área, explicou que a comunicação não-violenta é uma postura de vida e uma maneira mais compassiva e acolhedora de estar no mundo. “De onde vêm meus padrões automáticos reativos? É um processo muito desafiador, de revisitar lugares dentro de mim. Quando eu interfiro nesse processo interno, naturalmente, minha comunicação muda também. Marshall dizia que o mundo em que queremos viver começa dentro de nós”, salientou. 
Nos meses de outubro e novembro o grupo realizará outros cinco encontros. Nas próximas aulas, serão discutidos temas como patriarcado, convenções, crenças sociais e auto empatia, além de trabalhar estratégias para lidar com conflitos e atuar em ambientes hostis.
 
Comunicação Social TJSP – MB (texto e fotos)
 
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