Palestra da CIJ debate primeira infância como alicerce do ser humano
Reflexões sobre o desenvolvimento da criança.
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo apresentaram, na sexta-feira (17), palestra “Primeira Infância - o alicerce do ser humano”, com a mestre em psicologia da Aprendizagem e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo (USP) e formadora em Cultura da Paz na Associação Palas Athena Brasil, Carmen Silvia Carvalho. O evento aconteceu no auditório da EJUS com transmissão on-line.
Na abertura, o coordenador da CIJ, desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, falou sobre a importância do tema. “A criança precisa ter uma referência adulta para permitir que ela cresça com autonomia, caminhe com segurança e tenha uma visão de mundo que seja boa e coerente”, salientou.
A juíza da 1ª Vara da Família e das Sucessões de São José do Rio Preto, Maria Lucinda da Costa, mediadora do encontro, destacou a responsabilidade da família na primeira infância. “Precisamos ter conhecimento da responsabilidade que nós, como pais e membros da família extensa, possuímos para que essa criança cresça em ambiente saudável”, afirmou.
Na palestra, Carmen destacou que a primeira infância, que vai até os 7 anos de idade, é um dos ciclos mais importantes para o desenvolvimento infantil. Ela citou momentos fundamentais para a criança, como a gestação, o parto, o aleitamento materno e as interações com a mãe. Em seguida, falou sobre o período sensório motor (até os 2 anos), fase em que os pequenos são muito atentos, ativos e curiosos e que conhecem o mundo por meio de atitudes como puxar, empurrar, pegar e apontar. Depois, explicou que no período simbólico ou pré-operatório, dos 2 aos 7 anos, há um salto progressivo caracterizado pelo animismo, em que dão vida a objetos por meio da imaginação.
“A primeira infância é a base de tudo o que será erguido depois, uma fase fundamental, pois não nascemos prontos. Vamos nos construindo ao longo da vida num processo de interdependência entre diferentes aspectos. Isso se dá a partir da constituição do corpo, mente, espírito, das nossas emoções e do meio onde nascemos e vivemos”, explicou. Durante a exposição, também foi destacada a necessidade de investimento na parentalidade, incluindo a rediscussão dos prazos da licença maternidade, o reforço nas orientações sobre como educar os filhos e a maior oferta de assistência psicológica para as mães.
Comunicação Social TJSP – FS (texto) / KS (reprodução e arte)
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