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Museu do TJSP possui registros que ajudam a contar a história da escravidão no país

 Materiais digitalizados podem ser consultados no site.

Na semana em que é comemorado o “Dia da Consciência Negra”, oficializado como feriado estadual após publicação da Lei nº 17.746/23, o Tribunal de Justiça de São Paulo destaca a disponibilização de importantes documentos que ajudam a contar a história do triste período da escravidão no país. Um deles é um raro exemplar do Livro de Transcrição de Penhor de Escravos, doado ao Museu do TJSP pelo Cartório de Registro de Imóveis de Itu. 
Aberto em 1866, o livro, de mais de 400 páginas, só possui primeira inscrição com data de 1891, já no período pós-abolição, e representa um registro de propriedade passível de penhor, como eram considerados os escravizados. Cedido em fevereiro desse ano durante os preparativos para a visita telepresencial “Memória TJSP”, que homenageou a 20ª Circunscrição Judiciária – Itu, o livro foi digitalizado e pode ser visualizado no Repositório de Memórias do TJSP, no link, onde também estão disponibilizados outros materiais de conteúdo histórico. 
O acervo do Museu do TJSP também conta com exposição virtual permanente sobre o jornalista, poeta, escritor e advogado Luiz Gonzaga Pinto da Gama (21 de junho de 1830 – 24 de agosto de 1882), ex-escravizado que se tornou o patrono de centenas de alforriados, sendo considerado um dos maiores abolicionistas do Brasil. O material foi desenvolvido em parceria com a Coordenadoria de Gestão Documental e Arquivo do TJSP. A mostra “Luiz Gama e o judiciário paulista no século XIX”, disponível na página do museu, exibe breve biografia ilustrada de Gama, além de processos ingressados por ele, incluindo pedidos de habeas corpus e de concessão e manutenção da liberdade de escravizados. São documentos que retratam o Judiciário da época, bem como os costumes, panorama histórico e social e as campanhas abolicionistas. 
 
Comunicação Social TJSP – FS (texto) / MK (arte)
 
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