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TJSP implementa Núcleo de Justiça Restaurativa na Comarca de Nova Odessa

Resolução de conflitos de forma pacífica.
 
O Tribunal de Justiça de São Paulo implementou, na última sexta-feira (1º), o Núcleo de Justiça Restaurativa (JR) de Nova Odessa. A solenidade foi realizada no fórum da Comarca, presidida pelo coordenador da 53ª Circunscrição Judiciária (CJ) - Americana, desembargador Elói Estevão Troly, que representou o presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe. 
O núcleo, coordenado pela juíza diretora do fórum e titular da 2ª Vara de Nova Odessa, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman, é fruto de cooperação entre o Judiciário, a Prefeitura e a Câmara Municipal de Nova Odessa e representa a ampliação do método no Estado, por meio da atuação do Grupo Gestor da Justiça Restaurativa do TJSP (GGJR), presidido pelo desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho. Atualmente, são 20 comarcas de São Paulo com projetos de Justiça Restaurativa implementados ou em fase de implementação. 
Na cerimônia, a magistrada falou sobre um dos pilares da JR. “O exercício de falar e de ser ouvido, com respeito, é um dos mais potentes para a cura do ser humano. Em muitos casos, um círculo restaurativo acaba sendo a primeira oportunidade que muitas pessoas têm de verem a sua existência considerada pelo outro, descobrindo, assim, o potencial transformador em si mesmo”, declarou a juíza Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman.
O juiz integrante do GGJR Marcelo da Cunha Bergo ressaltou a importância do núcleo e o bom trabalho desenvolvido na Comarca. “Trata-se de instrumento de transformação pessoal, institucional e social, que busca identificar as causas e as diversas formas de violência, a fim de preveni-las e tratá-las, de modo que todos os envolvidos se responsabilizem e, ao mesmo tempo, tenham suas necessidades atendidas”, afirmou.
Representantes de outras instituições também enalteceram a iniciativa.  Representando a advocacia, o vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção de Nova Odessa, Carlos Thiago Jirschik da Cruz, ressaltou que a instituição é uma grande incentivadora da JR. Já o prefeito de Nova Odessa, Claudio José Schooder, falou da felicidade em presenciar o momento. “A Justiça Restaurativa tem o objetivo de fazer com que o agressor e vítima tenham um entendimento sobre o problema e promovam a cultura de paz”, disse.
O desembargador Elói Estevão Troly destacou o caráter educativo e preventivo da JR e a união em torno do mesmo objetivo. "Não existe sociedade sem Justiça, mas não existe Justiça, nem Direito, sem sociedade. É nesse cenário que surge a Justiça Restaurativa. O ser humano não pode abdicar do uso da razão e do diálogo”, declarou. Após a inauguração, os convidados acompanharam palestra ministrada pelo professor e historiador Mário Marcelo. A solenidade contou, ainda, com apresentação musical dirigida pelo servidor Carlos Tognella, com participação da equipe que compõe o Núcleo.
Também prestigiaram a cerimônia o vice-presidente da Câmara Municipal de Nova Odessa, vereador Élvis Ricardo Maurício Garcia, representando o presidente; o juiz  da 1ª Vara de Nova Odessa, Luiz Gustavo Primon; a promotora de Justiça Mariana Bernardes Andrade; o subcomandante do 48º BPM/I, major PM Michel Ricardo Berbel; o diretor da Guarda Municipal de Nova Odessa, Carlos Eduardo Fanti; a presidente da Associação Comercial de Nova Odessa, Juçara Aparecida Rosolen dos Santos; os vereadores Márcia Rebeschini, Paulo Bichof e Levi Tosta; as servidoras Magaly Marques, Ana Luísa Borges Gomes e Luciana Mattos, que integram o Serviço de Justiça Restaurativa do TJSP (Capital); além de magistrados, representantes de instituições, facilitadores, servidores da Justiça e jurisdicionados.
 
Justiça Restaurativa - é um conjunto de princípios, técnicas e atividades que busca a pacificação social através de métodos autocompositivos. Inclui práticas que promovem contato entre agressores e vítimas, com articulação de facilitadores (que podem ser servidores da Justiça, agentes públicos ou voluntários) capacitados, sempre visando a conscientização dos males causados e responsabilização pela reparação dos danos sofridos.
 
 
Comunicação Social TJSP – RD (texto) / Divulgação (fotos)
 
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