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“Deixo a Magistratura, que tanto amo, com a sensação de dever cumprido”, diz o desembargador Machado de Andrade antes da aposentadoria

Mais de quatro décadas de dedicação à carreira.
 
Magistrados e familiares saudaram, hoje (4), o desembargador Antonio Carlos Machado de Andrade, em sessão da 6ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo que marcou a aposentadoria de seu decano. O ato simbólico no Palácio da Justiça foi presidido pelo chefe do Judiciário paulista, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, na presença de demais integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM) e da 6ª Câmara.
Por feliz coincidência, a homenagem se deu na mesma sala em que o desembargador realizou, há 43 anos, o exame oral para ingresso na carreira. Ele foi empossado no ano seguinte, em 22 de janeiro de 1982. Passadas mais de quatro décadas, Antonio Carlos Machado de Andrade percorreu inúmeras comarcas até 1999, quando foi removido a juiz substituto em 2º Grau, sendo promovido a desembargador em 2005.
“É um magistrado exemplar, que serve de paradigma para as atuais gerações. Despe a toga com a mesma honradez que a vestiu, como sempre fazem os magistrados de São Paulo”, declarou o desembargador Fernando Torres Garcia, amigo de longa data do homenageado. “Saiba que deixará muitos amigos. As portas deste Tribunal estarão sempre abertas”, concluiu o presidente.
Em seguida, falaram os colegas de 6ª Câmara de Direito Criminal. O presidente do colegiado, desembargador Julio Caio Farto Salles, reiterou a integridade e o trabalho do magistrado, “de uma competência ímpar e sempre com algo a ensinar em seus votos”. O desembargador Cassiano Ricardo Zorzi Rocha afirmou que “nada é mais valoroso que olhar para dentro de casa e sentir a satisfação de dever cumprido, pessoal e profissionalmente”. 
Para o desembargador Eduardo Crescenti Abdalla, o homenageado “fez uma diferença enorme para o Tribunal de Justiça e para a sociedade, e seu legado inspirará novas gerações”. O juiz substituto em 2º Grau Marcos Antonio Correa da Silva ressaltou “a alegria por testemunhar o amigo encerrar esta etapa de sua vida, mas a tristeza pela sensação de perda do convívio diário”. Por fim, o desembargador Ricardo Cardozo de Mello Tucunduva, que integrou a 6ª Câmara Criminal até sua aposentadoria, no ano passado, afirmou que Machado de Andrade, “além de trabalhador competente e dono de um invejável senso de justiça, possui uma qualidade rara, que é a modéstia”.
Em seu discurso, o desembargador Antonio Carlos Machado de Andrade relembrou uma promessa que fez a si mesmo quando tinha apenas sete anos de idade: ser juiz de Direito. “Nesses muitos anos de judicatura, fui muito feliz. Deixo a Magistratura, que tanto amo, com a satisfação de dever cumprido, pois trabalhando na segunda instância, produzi 61.513 votos”, declarou. “Os últimos 17 anos, os quais trabalhei na nossa querida 6ª Câmara de Direito Criminal, foram os melhores de minha carreira, onde muito aprendi e só tive amigos”, completou. Por fim, agradeceu aos servidores e aos familiares, em especial à esposa, Terezinha, aos filhos, Ana Isabel e Antonio Carlos Machado de Andrade Júnior, à neta, Ana Flávia, e à nora, Camila, que prestigiaram a homenagem.
Também prestigiaram a sessão demais integrantes do CSM, desembargadores Francisco Eduardo Loureiro (corregedor-geral da Justiça), Ricardo Cintra Torres de Carvalho (presidente da Seção de Direito Público), Adalberto José Queiroz Telles de Camargo Aranha Filho (presidente da Seção de Direito Criminal) e Carlos Alberto de Sá Duarte (presidente em exercício da Seção de Direito Privado); o procurador de Justiça Walter Tebet Filho; as servidoras do gabinete do homenageado, Jeniffer Zantut Baskerville Macchi, Débora Silveira Mendes Teodoro e Caroline Pereira Lopes; magistrados, advogados, integrantes do Ministério Público e da Defensoria Pública, jurisdicionados, servidores da Justiça, amigos e familiares. 
 
Trajetória - Antonio Carlos Machado de Andrade nasceu em São João da Boa Vista (SP), em 1949. Graduou-se pela Faculdade de Direito de São João da Boa Vista, turma de 1973. Ingressou na Magistratura em 1982, como juiz substituto da 11ª Circunscrição Judiciária, com sede em São Carlos. Também judicou em Buritama, Mogi Mirim, Mogi Guaçu e na Capital. Foi removido a juiz substituto em segundo grau em 1999, sendo promovido a desembargador em 2005.
 
Comunicação Social TJSP – RD (texto) / PS (fotos)
 
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