A música ecoada entre os processos – o lado artístico de Aldo Scaglione
Mais uma vez o projeto Jus_Social revela um servidor do Tribunal de Justiça de São Paulo que concilia seu lado artístico com o trabalho forense: Aldo Silveira Scaglione, ou, simplesmente, Aldo Scaglione.
Às vésperas dos anos 80, Horácio Fernando Pizzo Scaglione e Zulma Martini Silveira Scaglione tiveram a família aumentada com o nascimento de Aldo. As cifras musicais que já corriam nas veias de seu Horácio, músico profissional, não demoraram a fazer parte também da vida do garoto. Com apenas cinco anos, ele teve o primeiro contato com o violão, por influência do pai. Aldo convivia sempre com músicos em casa e ainda acompanhava Horácio em lugares em que ele ia tocar. Nessa mesma época, começou a ouvir, por conta própria, LP’s de jazz e bossa nova da coleção de seus pais.
Aos poucos, foi desenvolvendo a técnica e o conhecimento de maneira autodidata, por meio da convivência com o seu Horácio e outros músicos e da audição de discos de jazz de Miles Davis, John Coltrane, Charlie Parker, Dizzy Gillespie, entre outros ícones do gênero, e de guitarristas como Charlie Christian, Django Reinhardt, Wes Montgomery, Joe Pass, Jim Hall, Barney Kessel, Tal Farlow, Kenny Burrell e Herb Ellis.
Aos 15 anos, Aldo começou a tocar profissionalmente em conjuntos de bailes, casamentos, formaturas e outros eventos e dar aulas de violão, sem deixar – claro – de praticar e tocar o jazz. No ano passado, Aldo completou 20 anos de carreira como músico e professor de guitarra, violão, contrabaixo, harmonia e improvisação. Ele trabalhou com grandes nomes da música instrumental brasileira, como José Roberto Branco (o maestro Branco da Banda Savana), o contrabaixista Luiz Chaves (do Zimbo Trio) e o pianista e renomado professor Wilson Curia.
O Judiciário na vida de Aldo – O músico sempre cultivou interesse pela área jurídica, o que o levou a prestar o concurso do TJSP. Tomou posse como escrevente técnico judiciário, em abril de 2009, e afirma sentir orgulho em trabalhar no Tribunal. Desde que ingressou no Judiciário, trabalhou no 13º e no 5º Grupos de Câmaras de Direito Privado. Hoje está lotado no 2º Ofício Criminal, Júri e Execuções Criminais de Suzano, tendo como superiores Vanderlei Benedito de Oliveira (chefe), Nelson Galvão Junior (diretor) e Fernando Augusto Andrade Conceição (juiz).
Aldo viveu da música até o ingresso no Tribunal, mas ele não parou e exerce suas atividades musicais paralelamente às suas funções públicas, o que pode ser conferido em seu perfil no Facebook (https://www.facebook.com/aldoscaglione). O servidor-artista se apresenta em bares de jazz de São Paulo, mostrando seu trabalho solo ou acompanhando cantores e outros instrumentistas. Em 2005 lançou um CD no Japão e, brevemente, surgirá um novo trabalho solo, agora em fase de pré-produção.
Na última segunda-feira (28), Aldo e seu pai foram convidados a tocar na abertura da exposição Revivendo Ayrton Senna... no Palácio da Justiça e, com a guitarra acústica dele e o baixolão de Horácio, executaram o ‘Tema da Vitória’. Em 2012 eles tocaram no Tribunal durante a Virada Cultural.
Projeto Jus_Social – Este texto faz parte do Projeto Jus_Social, implementado em março de 2011. Consiste na publicação no site do TJSP, sempre no primeiro minuto do primeiro dia de cada mês, de um texto diferente do padrão técnico-jurídico-institucional. São histórias de vida, habilidades, curiosidades, exemplos de experiências que pautam as notícias publicadas sobre aqueles que, de alguma forma, realizam atividades que se destacam entre servidores ou magistrados. Pode ser no esporte, em campanhas sociais, no trabalho diário, enfim qualquer atividade ou ação que os diferencie. Com isso, anônimos ganham vida e são apresentados. Com o projeto "Jus_Social", o Tribunal de Justiça de São Paulo ganhou o X Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2012 (categoria Endomarketing).
Comunicação Social TJSP – LV (texto) / GD (fotos e arte) / arquivo pessoal (fotos)
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