Projeto Arte e Cultura no TJ – A arte ocupa o Judiciário
Criada para promover apresentações gratuitas nos fóruns da capital e do interior, iniciativa conquistou servidores e jurisdicionados
Servidores sentados em frente a computadores, advogados e partes nos balcões dos cartórios. Processos físicos acondicionados nas estantes das unidades judiciais e intensa movimentação pelos corredores. Embora o processo eletrônico já esteja implantado em mais de 40% da 1ª instância e toda a 2ª instância, esse ainda é o cotidiano dos fóruns.
Numa tentativa de mudar o ambiente formal dos prédios do Judiciário paulista, a Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo instituiu, no início deste ano, o Projeto Arte e Cultura no TJ, criado para fomentar a cultura e estimular a motivação e a valorização dos servidores, com a promoção de shows gratuitos de música, saraus, leitura de textos e outros eventos culturais.
Idealizada inicialmente para ser realizada no Palácio da Justiça, sede administrativa do Tribunal, a iniciativa foi tão bem recebida que as apresentações se espalharam por diversos prédios da capital e por algumas comarcas do interior, como Pereira Barreto, Sorocaba, São Vicente, Ribeirão Preto e São José dos Campos.
No TJSP, os servidores responsáveis pelo projeto são Lucia Nascimento Terakado, Gilmar Roberto de Oliveira, Arianna Monica Giulia Ceres França e Paulo Rovina Capovilla (foto).
Os shows, que têm periodicidade mensal, contemplam artistas com repertórios variados, como cantores de Música Popular Brasileira, grupos de jazz, cantores de música internacional e pianistas, entre outros, e têm atraído a atenção de servidores e do público que frequenta os fóruns do Estado.
O evento inaugural do projeto aconteceu em 27 de fevereiro e ficou por conta do Coral Jovem Cênico Mackenzie, que trouxe ao Salão do Júri do Palácio da Justiça integrantes vestidos com fantasias de carnaval, que cantaram músicas de Noel Rosa, Adoniran Barbosa e Jackson do Pandeiro, além de uma sessão de marchinhas. Servidores que trabalham no prédio e jurisdicionados que estavam no local estranharam o acontecimento, mas logo aprovaram a iniciativa.
“Trata-se de um ótimo projeto, porque é preciso que as pessoas tenham acesso à cultura. É bom para nós, servidores, pois a música une e alegra as pessoas, além de nos dar mais disposição para realizar nosso trabalho diário. É uma ideia bastante interessante”, diz Renato Moreno Ferri, funcionário do TJSP.
No mês seguinte, foi a vez da Orquestra de Metais Lyra Tatuí, que apresentou clássicos como Garota de Ipanema, de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, As Rosas Não Falam, de Cartola, e Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, em exibição que encantou magistrados e servidores. “Foi uma apresentação sensacional. Esse projeto é bastante interessante, pois traz mais alegria ao nosso ambiente de trabalho e permite que tenhamos acesso a uma apresentação cultural que não teríamos por iniciativa própria”, relata Zilda Silveira, que trabalha no Palácio da Justiça.
No interior, a Comarca de Pereira Barreto tem promovido, por meio de parceria com a Secretaria Municipal de Educação, diversas apresentações, como a que ocorreu no último dia 26, quando alunos da Escola Municipal Assumpta Scatena Garcia interpretaram músicas infantis no Salão do Júri. “Os funcionários adoram o projeto. No começo, as pessoas ficaram meio receosas, mas logo se renderam à alegria que eles nos trazem. É uma excelente iniciativa, que tem nos tirado da rotina e mudado o ambiente austero do fórum”, afirma Gilmar Grespan, do setor de administração do prédio.
Outro local que tem promovido constantes apresentações é a Comarca de Sorocaba (foto ao centro), onde aconteceram dois espetáculos em setembro: o do músico Julio Nascimento, que interpretou canções de Legião Urbana, Capital Inicial, Wilson Simonal e Engenheiros do Hawaii, e de Dalizio Moura, especialista em representar o cantor norte-americano Elvis Presley, vestido a caráter. “Os shows têm trazido bastante descontração ao nosso ambiente de trabalho. No começo, os espetáculos não prendiam a atenção de servidores e do público, mas percebemos que ao longo do tempo o pessoal começou a se interessar. Atualmente, somos questionados constantemente sobre novas apresentações, pois o projeto criou expectativa em todos. A tendência é um envolvimento cada vez maior”, conta Ana Lucia Mazzarino Pontes, da Diretoria da 10ª Região Administrativa Judiciária.
O objetivo esperado com a implantação do projeto tem sido alcançado, mas a expectativa é que as apresentações se multipliquem por todo o Estado, conforme explica o presidente José Renato Nalini. “O projeto foi idealizado para proporcionar mais alegria aos servidores e pessoas que frequentam os prédios do Tribunal. Temos espaços muito bonitos que podem ser aproveitados para levar a riqueza da cultura e da arte brasileira aos ambientes formais dos fóruns, como forma de estimular a motivação e valorização dos servidores. Os resultados têm sido bastante expressivos e esperamos que o projeto alcance um número cada vez maior de comarcas.”
A comarca ou o artista interessado em se apresentar no Arte e Cultura deve contatar a coordenação do projeto pelos telefones (11) 3105-9387 ou 3105-4437 ou pelo e-mail artenotj@tjsp.jus.br. ¦
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