Agenda 150 anos – Homenagem ao desembargador Gentil do Carmo Pinto
Em mais um evento da Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante, a Corte paulista homenageou hoje (26), o desembargador Gentil do Carmo Pinto. A solenidade aconteceu no Palácio da Justiça, centro da Capital.
“O Tribunal de Justiça não chegou onde está por acaso. Muitas pessoas contribuíram para isso e é por esse motivo que prestamos essas homenagens, resgatando a memória de nomes importantes para o Judiciário paulista”, explicou o presidente José Renato Nalini, ao dar início ao evento.
O desembargador Caetano Lagrasta Neto discursou em nome do TJSP e falou sobre a história do homenageado, que ocupou a Presidência do Tribunal no biênio 1976-1977. “Gentil ficou conhecido e admirado pela sólida educação, enérgico e firme em suas convicções e decisões. Era homem de simplicidade incomum, incapaz de indelicadezas, afável e de fácil diálogo, trata a todos, indistintamente, com atenção e respeito.”
O orador contou ainda curiosidades da vida de Gentil do Carmo Pinto e falou da homenagem prestada a ele pelo TJSP. “Como bom mineiro, adorava culinária e durante anos teve casa na cidade de Monte Verde, que frequentava sempre que possível em finais de semana, na companhia de sua esposa. Foi e continua sendo exemplo de juiz, ao aliar sua visão humanística ao desempenho profissional, ao lado da honradez e dignidade no exercício do cargo, permanece como referência segura para parentes e amigos. O Foro Regional IX – Vila Prudente ostenta orgulhoso, desde julho deste ano, seu nome.”
Em seguida, o desembargador Carlos Alberto Lorenzetti Bueno, sobrinho do homenageado, agradeceu a deferência e resumiu em uma frase o caráter de seu tio: “Foi um grande homem, sem dúvida nenhuma”.
Ao encerrar a cerimônia, o presidente José Renato Nalini contou que Gentil o fez demover da ideia de desistir da carreira na magistratura e agradeceu os presentes. “Era promotor de Justiça e passei no concurso para juiz. Quando assisti a palestra inicial sobre o cargo, vi que a missão era difícil e pedi para tornar minha posse sem efeito, mas ele, com carinho, conversou bastante comigo e me fez repensar. Se não fosse por ele, não estaria aqui hoje. Ele faz parte da minha vida. Muito obrigado pela presença de todos.”
Gentil do Carmo Pinto era mineiro de Conquista, nascido em 1914. Formou-se bacharel em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), turma de 1940. Ingressou na magistratura em 1945, como juiz substituto em Piracicaba. Foi promovido a desembargador em 1967, ocupou a vice-Presidência entre os anos de 1973 e 1975 e se aposentou em 1984.
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Comunicação Social TJSP – AM (texto) / AC (fotos)
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