Bastidores do Projeto Arte e Cultura no TJ
No Tribunal de Justiça de São Paulo música, dança e outras manifestações artísticas se tornaram constantes no ambiente formal dos prédios do Judiciário, graças ao projeto Arte e Cultura no TJ, instituído pela Presidência para fomentar a cultura e estimular a motivação e a valorização dos servidores, com a promoção de eventos culturais.
Idealizada inicialmente para ser realizada no Palácio da Justiça, sede administrativa do Tribunal, a iniciativa foi tão bem recebida que as apresentações se espalharam por outros prédios da capital e comarcas do interior.
Para dar vida ao projeto no Palácio da Justiça, existe um grupo de servidores que trabalha, literalmente, nos bastidores dos espetáculos, formando um time afinado e dedicado. Trata-se da equipe da Coordenadoria de Apoio Técnico, Logística, Arte e Cultura no TJSP, integrado por Arianna Mônica Giulia Ceres França, Paulo Rovina Capovilla, Lucia Nascimento Terakado e Gilmar Roberto de Oliveira. Arianna, a coordenadora, tem grande experiência profissional na organização de eventos e no trato com o mundo artístico. Paulo é pós-graduado em direção teatral e trabalhou no projeto “Som do Meio Dia”, da Secretaria Municipal de Cultura - que produzia apresentações no vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), às sextas-feiras - e em outros projetos da instituição, como o “Venha ao Vale”, que levava shows ao Vale do Anhangabaú. Gilmar trabalhou na produção dos shows de vários artistas famosos e Lúcia cuida da organização administrativa e coloca ‘todas as coisas no lugar’, conforme o testemunho de Arianna.
“A preparação de cada espetáculo leva em conta a importância de uma apresentação dentro do ambiente do Poder Judiciário. Existe a exigência da qualidade e de uma referência que ligue o seu conteúdo com a Justiça, com São Paulo ou com datas comemorativas”, explica Arianna. “Tudo é decidido em reuniões de pauta, em que participam todos os integrantes do grupo. Antes de se aprovar o espetáculo de determinado artista, assiste-se ao vivo sua apresentação ou busca-se uma referência em DVDs, CDs, ou vídeos no YouTube.”
Arianna ressalta que é importante lembrar que a função precípua do TJSP não é a de promover eventos artísticos, mas que o projeto Arte e Cultura no TJ visa amenizar o dia a dia de magistrados, servidores e operadores do Direito que frequentam as dependências do Tribunal, compensando o peso de lidar com as tensões da sociedade, que desaguam na maior corte de Justiça do País.
Existe uma empresa contratada pelo TJSP que atende aos serviços de organização técnica de eventos e auxilia nos espetáculos, providenciando montagem de palco, sonorização, iluminação e filmagem, sempre que necessário. Alguns artistas também trazem seu próprio equipamento e equipe técnica.
Os participantes do projeto fazem, preliminarmente, uma visita técnica ao Palácio da Justiça para conhecer os ambientes de apresentação (Salão do Júri ou Salão dos Passos Perdidos) e, em seguida, confeccionam um documento chamado rider, que consiste em um mapa de palco no qual se define as dimensões do espaço que será ocupado, a posição dos integrantes e dos equipamentos necessários à exibição, além do tipo de equipamento utilizado.
Com base nesse documento, a equipe do Arte e Cultura define a escolha do local da apresentação em parceria com os artistas e de acordo com o tamanho do espetáculo e quantidade de integrantes. Algumas exibições demandam espaço mais intimista, como o Salão do Júri, e outras pedem espaços amplos, como o Salão dos Passos Perdidos. De acordo com o mapa do palco e os equipamentos disponíveis, define-se também a iluminação e sonorização. Às vezes, o rider é atendido de forma plena, e, em outras, tem que ser adaptado.
Em algumas situações, a montagem dos espetáculos demora mais de um dia para ser concluída. Tudo para garantir que a arte suavize a tensa jornada de trabalho de todos que circulam pela sede do Judiciário.
N.R.: texto originalmente publicado no DJE de 6/5/15.
Comunicação Social TJSP – DI (texto) / AC e RL (fotos)
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