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Dia do Patrono é comemorado no FD de Bertioga

Fórum leva o nome do desembargador Afonso de Barros Faro

 

        Na sexta-feira (12), os desembargadores José Renato Nalini (presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo), Eros Piceli (vice-presidente) e Hamilton Elliot Akel (corregedor-geral da Justiça) estiveram no Foro Distrital de Bertioga para a comemoração do Dia do Patrono, evento inserido no Programa “Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante”, que homenageou o desembargador Afonso de Barros Faro.  

        “Uma pessoa discreta, firme, afável, confiante, de personalidade simples, que refletia o retrato do magistrado que percorre as comarcas do Interior, sorvendo experiência e riqueza da vida, conhecendo os valores de sua gente e a realidade que se coloca nos processos submetidos à jurisdição.” “Da trajetória do desembargador Afonso de Barros Faro sobressai a virtude da simplicidade, no tratar, no pensar, no viver e no julgar, abreviando assim os efeitos deletérios do tempo e a insuperável complexidade das relações humanas, a fim de que nesses meandros não se perca a melhor aplicação da Justiça.” Frases como essas sobre o patrono do fórum, proferidas pela juíza Luciana Mendonça de Barros Rapello, integraram os pronunciamentos da cerimônia. Ao se dirigir aos familiares, o prefeito José Mauro Dedemo Orlandini disse que “tudo faremos honrar o nome do fórum de Bertioga”.     

        Nem sempre é fácil falar sobre um homenageado. Ainda mais quando se fala do próprio pai... Ainda mais se, seguindo os passos paternos, o orador também é magistrado... E assim – na presença de sua mãe Vilma Bahdur Faro, dos irmãos José Augusto e Luciano e dos netos Enrique e Carolina – o juiz assessor da Presidência do TJSP Afonso de Barros Faro Júnior falou sobre o patrono do FD de Bertioga. “Senhor Presidente, é difícil ser conciso quando se fala do próprio pai”, confessou. Também ele, o filho, contou que Afonso de Barros Faro, sem se descuidar da qualidade, “produzia textos claros concisos e objetivos, porém inteiros e que esgotavam a matéria. Remanesciam pouquíssimas chances de vitória na apelação”. Lembrou, também, a fala de um ex-presidente do TJSP ao se referir a seu pai, quando já falecido. “Não havia colega melhor para se conversar do que o desembargador Afonso Faro, porque costumava destrinchar um caso complicado com extrema simplicidade, acuidade e, o mais importante, bom senso!”, resumiu o colega de Magistratura.

        Em seu pronunciamento, o presidente Nalini informou aos jurisdicionados que em breve Bertioga será elevada à categoria de comarca e falou da homenagem ao desembargador Afonso Faro. “São, no mínimo, três as finalidades: 1) o reconhecimento ao desembargador Afonso de Barros Faro, com quem convivi e com o qual mantinha sólida amizade, e ao filho que, desde a Corregedoria Geral da Justiça me acompanha como juiz assessor; 2) o foco da homenagem é mostrar às gerações futuras que o Tribunal tem história; 3) resgatar vultos e personalidades que deram lição de ética, coerência e amor a coisa pública, como sempre o fez o nosso hoje homenageado.”

        Patrono – Afonso de Barros Faro nasceu em 1937 na capital paulista. Formou-se pela Faculdade de Direito do Sul de Minas – turma de 1966. Foi escriturário do TJSP por quatro anos e, de 1960 a 1967, escrevente da 24ª Vara Criminal. Também foi professor de Português e advogado. Na magistratura, ingressou na 3ª Circunscrição Judiciária, com sede em Santo André, em 1970. No final desse ano, assumiu sua primeira entrância na Comarca de Paulo de Faria; a segunda, dois anos e meio depois na Comarca de Novo Horizonte e a terceira, na 4ª Cível da Comarca de Santo André. Em 1977 foi removido para o cargo de juiz auxiliar da Comarca de São Paulo. A entrância especial foi na 10ª Criminal e na 2ª Cível, ambas da Comarca de São Paulo. Em 1985 foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado e em 15 de março de 1995 tomou posse como desembargador do TJSP. No Tribunal, entre outras atividades, foi integrante da Comissão de Orçamento, vice-diretor do Gabinete Unificado dos Desembargadores e coordenador da 3ª CJ – Santo André. Faleceu em abril de 2005 e em julho de 2014 foi homenageado com a atribuição do nome “Desembargador Afonso de Barros Faro” ao fórum do Foro Distrital de Bertioga.

        À solenidade estiveram presentes o desembargador Getúlio Evaristo dos Santos Neto, representando o presidente da Seção de Direito Público do TJSP; os vereadores de Bertioga Antônio Rodrigues Filho, Edvaldo Alecrim Silva, Alfonso Dari Weiland e Valéria Bento; o coordenador e o coordenador-adjunto da 1ª Circunscrição Judiciária – Santos, respectivamente, desembargadores Luiz Antônio Figueiredo Gonçalves e Gilberto Passos de Freitas; os desembargadores José Telles Corrêa, Milton Evaristo dos Santos, Walter Cruz Swensson e Evilásio Lustosa Goulart; o juiz substituto em 2º grau Airton Vieira; o juiz diretor do fórum e da 7ª Região Administrativa Judiciária – Santos, Valdir Mendonça Lima Pompêo Marinho; os juízes assessores da Presidência Antonio Carlos Alves Braga Júnior e Kleber Leyser de Aquino; os juízes assessores da Corregedoria Geral da Justiça Márcia Helena Bosch, Ricardo Tseng Kuei Hsu e Rodrigo Marzola Colombini; os juízes Graziela da Silva Nery Rocha (FD Bertioga), Rodrigo de Moura Jacob (diretor do fórum de Cubatão), Gustavo Gonçalves Alvarez (diretor do fórum de Guarujá) e Carlos Monnerat (diretor do FR do Ipiranga); o presidente da 243ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil – Bertioga, Sidmar Euzébio de Oliveira; o chefe da Assessoria Policial Militar do TJSP, coronel PM Washington Luiz Gonçalves Pestana; o delegado de polícia de Bertioga, Maurício Barbosa Júnior; o comandante do 21º BPM-I, capitão PM Edson dos Santos e Souza; servidores do Judiciário e cidadãos bertioguenses.
        
Na mesma cerimônia, que contou a participação do “Coral da Casa de Cultura”, o presidente recebeu o título de “Cidadão Bertioguense”. No fórum, antes da solenidade, plantou uma muda de Ipê, em razão do projeto CultivAR, lançado em janeiro pelo TJSP com a finalidade de contribuir para a qualidade de vida nas áreas urbanas e, ao mesmo tempo, estimular o reflorestamento.

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        Comunicação Social TJSP – RS (texto) / RL (fotos)
        
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