Agenda 150 anos exalta a memória de Renato de Salles Abreu
Com o intuito de manter vivos os grandes nomes da Magistratura, o Tribunal de Justiça de São Paulo realizou ontem (6) mais uma edição do projeto Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante. O homenageado da noite foi Renato de Salles Abreu, falecido em 1976, quando era juiz do 2º Tribunal de Alçada Civil.
A passagem dele pelo Judiciário foi marcante não só devido à destacada atuação e decisões proferidas, mas também por ter influenciado juízes e desembargadores que até hoje estão no Tribunal. Entre eles, podemos citar o desembargador Luis Soares de Mello Neto, da 4ª Câmara de Direito Criminal, que recebeu a incumbência de ser o orador da solenidade.
“A atuação de Renato de Salles Abreu foi sempre digna de aplausos e de admiração, verdadeiramente modelar pela sua operosidade e acurado discernimento das questões submetidas a seu julgamento”, relembrou Luis Soares de Mello, cujo pai era grande amigo do homenageado.
Renato de Salles Abreu, que completaria 95 anos de idade em 2015, formou-se na Faculdade de Direito do Largo São Francisco e iniciou sua carreira em 1955 como juiz substituto em Mogi-Mirim. Passou por São Joaquim da Barra, Jaboticabal, São Vicente, Franca, e então chegou ao segundo grau de jurisdição na Capital. “Seus votos, sempre bem elaborados, impuseram-se pela lógica de sua argumentação e pelo alto senso de que se revestiam, reveladores de uma sólida cultura e notável equilíbrio”, afirmou o orador, que lamentou também o falecimento precoce de Salles Abreu, que era considerado um dos nomes mais brilhantes da nova geração de juízes que à época despontava.
Em nome da família falou o desembargador Renato de Salles Abreu Filho, presidente da Academia Paulista de Magistrados e filho do homenageado. “Sou, a toda evidência, suspeito para tecer qualquer consideração sobre o mérito da homenagem, mas sinto-me plenamente confortável para reafirmar a total dedicação de meu pai à Magistratura”, afirmou. Emocionado, agradeceu Luis Soares de Mello por ter desincumbindo-se da tarefa de liderar o evento.
Em nome do Tribunal falou o vice-presidente Eros Piceli. “Cada vez que os lembramos, cada vez que nos referimos a eles, estamos mantendo vivos os grandes magistrados”, disse.
Também participaram da solenidade o corregedor-geral da Justiça, desembargador Hamilton Elliot Akel; o presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o presidente da Seção de Direito Público, desembargador Ricardo Mair Anafe; o presidente da Magiscred, desembargador Heraldo de Oliveira Silva; a desembargadora Maria Olívia Pinto Esteves Alves; o juiz Luiz Antonio de Salles Abreu, filho do homenageado; os juízes assessores da Presidência, Maria de Fatima Pereira da Costa e Silva, Ricardo Felício Scaff e Fernando Awensztern Pavlovsky; o presidente do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil – Seção São Paulo, José Carlos Alves; o conselheiro federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Aloísio Lacerda Medeiros, representando o presidente; a representante da Associação de Notários e Registradores do Estado de São Paulo e da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo, Érica Barbosa e Silva; o chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP, delegado Fábio Augusto Pinto; o chefe de gabinete da Presidência do TJSP e decano da Academia Paulista de Letras, poeta Paulo Bomfim; familiares do homenageado: Paulina Silveira de Salles Abreu (viúva), Clarindo de Salles Abreu (filho), as noras Ana Lúcia, Mônica, Katia e Simone; os netos Laura e Eduardo; desembargadores, juízes e servidores.
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