TJSP exalta a memória do desembargador Thrasybulo Pinheiro de Albuquerque
O desembargador Thrasybulo Pinheiro de Albuquerque foi homenageado na edição de ontem (24) da Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal de Justiça Bandeirante. Sua escolha ocorreu por representar os atributos de retidão, ética e coragem que o projeto procura exaltar como exemplo para as novas gerações.
O principal encarregado de falar sobre a vida e carreira do homenageado foi o desembargador Celso de França Bonilha, orador em nome do TJSP. Segundo ele, Thrasybulo Pinheiro de Albuquerque “foi um dos expoentes da Magistratura bandeirante, um verdadeiro líder, de marcante personalidade, magistrado de escol, que prestou inestimáveis serviços à nossa instituição, colaborando efetivamente para o seu engrandecimento”.
Bonilha trouxe também as próprias palavras do homenageado, proferidas em discurso na cerimônia de sua aposentadoria, em 1959. Sobre o homem que tem a função de aplicar a Justiça, afirmou: “inteligência e cultura não bastam para fazer o bom juiz. Não se julga um juiz somente pelos seus despachos e sentenças, mas também pela sua conduta na sociedade e pela sua maneira de ser. Deve-se julgar primeiramente o homem, depois o magistrado e, finalmente, o cidadão-magistrado”.
Thrasybulo Pinheiro de Albuquerque nasceu em 18 de junho de 1903, na cidade de São Paulo. Integrou a turma de 1927 da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo. Ingressou na Magistratura em 1930, sendo nomeado para a Comarca de Assis. Nos anos seguintes foi juiz nas cidades de São José do Rio Preto, Santos, São Paulo, Una, Monte Aprazível, Olímpia e Franca. Em 1951 recebeu promoção para o Tribunal de Alçada de São Paulo e no mesmo ano tornou-se o primeiro presidente daquela Corte. Saiu vencedor da eleição para 1º vice-presidente do TJSP no biênio de 1958/1959, e “quando tudo indicava que seria o próximo presidente, surpreendeu a todos com o requerimento de sua aposentadoria, em 27 de fevereiro de 1959”, afirmou o orador. Veio a falecer em 14 de novembro de 1971.
O presidente da Seção de Direito Privado, desembargador Artur Marques da Silva Filho, falou em nome do presidente do TJSP, desembargador José Renato Nalini. Do homenageado ele ressaltou a “humildade, pois em vez de ascender ao posto mais alto do Tribunal preferiu aposentar-se”. Artur Marques afirmou também que Thrasybulo é um grande exemplo da frase “o juiz é o Direito tornado homem”.
Ao evento compareceram o presidente da Seção de Direito Público do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe; o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco; o desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti; o gerente da Associação dos Registradores de Pessoas Naturais do Estado de São Paulo, Marcos Pimentel da Silveira, representando o presidente; familiares do homenageado: sua filha Maria Lúcia Giangiacomo Bonilha, sua neta Marina e bisneta Sílvia; demais desembargadores, juízes, amigos e servidores.
Comunicação Social TJSP – GA (texto) / GD (fotos)
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