Fóruns comemoram ‘Dia do Patrono’
O Dia do Patrono foi comemorado nos fóruns de Dois Córregos, Itajobi, Ibaté, Itariri, São Caetano do Sul e Santo André. Trata-se de uma homenagem às personalidades que contribuíram com a Justiça, tendo seus nomes escolhidos para nomear os prédios dos fóruns. As solenidades buscam o resgate da história do patrono, com divulgação de dados biográficos, imagens e informações sobre sua trajetória.
A data está inserida no projeto “Agenda 150 anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante”, instituído pela Presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo por meio da Portaria nº 9.023/2014.
Ibaté – no dia 8 de outubro, o foro distrital homenageou o patrono, desembargador Álvaro Erix Ferreira, em cerimônia presidida pelo juiz diretor Eduardo Cebrian Araújo Reis.
Álvaro Ferreira nasceu em Jaborandi (SP). Desde jovem auxiliava no Cartório de Registro Civil da pequena cidade, onde seu pai era oficial. Aos 14 anos, por ocasião do falecimento do pai, passou a ajudar a mãe diariamente nos trabalhos do cartório. Trabalhou, também, nos cartórios extrajudiciais de Americana e Campinas. Em 1970, se tornou escrevente, período em que cursava a Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, formando-se em 1973.
Ingressou na Magistratura em 1975 e judicou nas comarcas de Campinas, Bilac, Jacareí, Santo André e na Capital. Em 1994 foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal do Estado de São Paulo, onde permaneceu até seu falecimento, em 2003.
Dois córregos – a comarca comemorou o Dia do Patrono, Antonio Ferreira de Castilho Filho, em 20 de outubro, com a colocação de seu retrato no Salão do Júri. O desembargador Edmeu Carmesini emocionou o público ao narrar histórias de Antonio Castilho. Também fizeram uso da palavra o juiz diretor do fórum, Ju Hyeon Lee, e o filho do homenageado José Lucio Ferreira de Castilho, entre outras autoridades. "Sentimo-nos orgulhosos, minha família e eu, por ter nosso pai escolhido patrono desta casa. Agradecemos, por fim, aos cidadãos e amigos desta cidade que ele tanto amou", ressaltou José Lucio.
Antonio Ferreira de Castilho Filho nasceu em Queluz em 1890. Formou-se em Direito pela Faculdade do Largo São Francisco, em 1912. Quatro anos depois se mudou para Dois Córregos, onde se casou e teve nove filhos. Foi delegado, advogado, vereador, provedor da Santa Casa e assumiu cargos diretivos na cidade, entre eles o de prefeito. Em 1930 mudou-se para a Capital paulista para acompanhar os estudos dos filhos. Alistou-se e lutou na linha de frente na Revolução Constitucionalista de 1932. Foi diretor do Correio Paulistano, jornal de grande circulação no início do século XX. Faleceu em 1965.
Itajobi – no dia 23 de outubro, o patrono, desembargador Silvio Lemmi, foi relembrado com descerramento de placa comemorativa e seu retrato. Participaram da cerimônia o filho do homenageado, Flávio Vargas Lemmi, a nora Iara Augusta Paes Lemmi e a neta Cyntia Paes Lemmi. O evento contou com a apresentação do “Coral Municipal de Iniciação Musical”, sob regência de Glaucia Pastre.
A juíza diretora do fórum, Maria Heloísa Nogueira Ribeiro Machado Soares, destacou a importância do resgate da memória do Tribunal, bem como abordou a carreira de Lemmi. Cyntia Lemmi, emocionada, falou sobre a infância simples do avô e da garra e determinação com que construiu sua carreira no Judiciário. Prestigiaram a cerimônia representantes do Executivo local e de cidades vizinhas, do Legislativo, de instituições locais, de cartórios extrajudiciais, da Ordem dos Advogados, servidores do Judiciário e da promotoria, advogados e público em geral.
Silvio Lemmi, paulistano nascido em 1921, bacharelou-se pel Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), turma de 1948. Ingressou na Magistratura em 1954 e, ao longo da carreira, trabalhou em Sorocaba, Cruzeiro e na Capital. Em 1974 foi promovido a juiz do Tribunal de Alçada Criminal e, em 1980, a desembargador do TJSP. Aposentou-se em 1989.
São Caetano – no dia 23 de outubro, o fórum homenageou o patrono, professor Alvino Ferreira Lima, em solenidade presidida pelo juiz diretor, Dagoberto Jeronimo do Nascimento. O evento contou com a presença do deputado federal Osmar Ribeiro Fonseca, autor do projeto de lei que deu o nome de Alvino Lima ao prédio.
O público apreciou apresentações dos músicos Thiago Cruz e Klébio Jackson Góis dos Santos e do Balé de Cegos da Associação Fernanda Bianchini. Houve o descerramento da placa patronal. Na ocasião, também foi comemorada a elevação da comarca à entrância final e realizada homenagem à professora e fisioterapeuta Fernanda Coneglian Bianchini Saad pela dedicação aos mais necessitados.
Alvino Ferreira Lima, sergipano, nascido em Rosário do Catete em 1888. Tinha quatro anos quando sua família mudou-se Vargem Grande do Sul. Aos 16 anos ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, bacharelando-se em 1908, em Ciências Jurídicas e Sociais. Retornou ao interior onde começou a exercer a advocacia em Casa Branca. Alvino tornou-se o primeiro professor de matemática da "Escola Normal Primária”, em Casa Branca, e lecionou desde a instalação, em 1913, até o ano de 1925, quando se mudou para São Paulo. Além de advogado e professor, foi fundador dos jornais “O Tempo” e “O Comércio”, em Casa Branca, e “A Imprensa”, em Vargem Grande do Sul. Na capital foi professor de Direito Civil na Faculdade de Direito de São Paulo, onde também foi diretor. Faleceu em 1975, deixando como legado a publicação de diversos trabalhos jurídicos, com colaborações para a Revista dos Tribunais, Revista da Faculdade de Direito e diversos jornais de São Paulo.
Itariri – em 26 de outubro o patronato do desembargador Humberto José da Nova foi comemorado. O evento teve a participação das filhas do homenageado, Maria Estela, Vera Maria e Ana Cecília, e dos netos que descerraram placa comemorativa e retrato de Humberto Nova. Fizeram uso da palavra o juiz Antonio Balthazar de Matos e o neto do homenageado, João Paulo, que falou em nome dos familiares. Também estavam presentes representantes das prefeituras de Itariri e de Pedro de Toledo, integrantes da Promotoria e da 83ª Subsecção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Itanhaém, servidores e operadores do Direito.
Humberto José da Nova nasceu em São Paulo em 1907 e bacharelou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, turma de 1930. Em 1931 ingressou no Ministério Público, na comarca de Piraju, trabalhando também em Piracaia, Ribeirão Preto, Assis, Santos e na Capital. No ano de 1956 foi promovido a procurador de Justiça. Na Magistratura, assumiu em 1959 o cargo de juiz do Tribunal de Alçada de São Paulo pelo critério do Quinto Constitucional, sendo promovido a desembargador em 1961. Aposentou-se em 1977 e faleceu em 1999.
Santo André – o patronato do ministro Raphael de Barros Monteiro foi comemorado no dia 26 de outubro no Salão do Júri do fórum. Natural de Areias, nascido em 1908, concluiu o bacharelado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo no ano de 1930. Em 1935 ingressou na Magistratura em Penápolis e, ao longo da carreira, judicou em Santo Anastácio, Olímpia e São Paulo. Em 1949 foi promovido a desembargador. Foi eleito 2º vice-presidente do TJSP para o biênio 1962-1963 e 1º vice-presidente para o biênio 1966-1967. Em 1967 assumiu o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. Faleceu em 1974.
Comunicação Social TJSP – LV (texto) / arquivos das comarcas (fotos)
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