Agenda 150 Anos celebra memória do magistrado Francisco Alberto Marciano da Fonseca
O Tribunal de Justiça de São Paulo homenageou ontem (25) o juiz substituto em 2º grau Francisco Alberto Marciano da Fonseca, na mais nova edição da Agenda 150 Anos de Memória Histórica do Tribunal Bandeirante. O projeto reúne magistrados, servidores, operadores do Direito e familiares das grandes figuras que já passaram pela Corte, para manter vivos a memória e o exemplo que deixaram. O desembargador Newton de Oliveira Neves foi o orador em nome do Tribunal e falou sobre a carreira e sobre o lado humano de seu amigo homenageado.
Francisco Alberto Marciano da Fonseca nasceu em 25 de fevereiro de 1951, na cidade de Rio Claro (SP). Bacharelou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo em 1974 e ingressou na Magistratura no ano de 1979, passando pelas comarcas de Urupês, Araras, Piracicaba e Capital, onde foi titular da 8ª Vara Cível do Foro Regional de Santana.
Removeu-se para o cargo de Juiz Substituto em 2º grau no ano de 2000, integrando os quadros do extinto Primeiro Tribunal de Alçada Civil e depois, pela unificação, do Tribunal de Justiça. “No ano de 2006, na condição de juiz substituto em segundo grau, veio a falecer, encerrando assim, precocemente, e como era próprio dele dizer, contra sua vontade, brilhante carreira jurídica”, contou o orador.
“Aqui neste plenário estão vários colegas, amigos e advogados que se veem representados nesta fala e que fazem coro a esta justa homenagem”, declarou o desembargador. “E assim afirmo, senhor vice-presidente – e tenham todos os senhores plena certeza disso –, em cada voto ou decisão nossa, haverá sempre um pouco da sabedoria, da prudência e do ideal buscado pelo juiz Marciano da Fonseca, o amigo Betão. Nessa jornada comum aprendemos com ele a busca de um ideal de justiça. E a melhor homenagem que podemos a ele prestar é não esmorecer no caminho e continuar com esse sonho de um ideal.”
Em nome da família falou o juiz Pedro Rebello Bortolini, genro do homenageado, que agradeceu o carinho e a presença de todos. “A saudade de toda sua família é perene. Sua esposa, filhas, irmão, sogra, genros, cunhados e sobrinhos ressentem-se da sua falta, especulando a enorme festa que faria com os seus netinhos, Luísa e Antônio, e aqueles que ainda estão por vir. É justamente em relação a eles que reside a minha maior responsabilidade, na verdade um compromisso moral de contar-lhes sobre o festejado avô e, sobretudo, transmitir-lhes os valores e a contagiante alegria com que sempre viveu.”
Em seguida o desembargador Gilberto Pinto dos Santos fez questão de também prestar sua homenagem ao colega rememorado. “Espero nunca ter que ser julgado. Mas se for, quero ser julgado por um juiz exatamente igual a Marciano da Fonseca.”
O vice-presidente do TJSP, desembargador Ademir de Carvalho Benedito, trouxe o abraço do presidente da Corte, desembargador Paulo Dimas de Bellis Mascaretti. Ele iniciou seu pronunciamento lendo carta encaminhada pelo desembargador Dimas Borelli Thomaz Júnior, amigo de juventude de Marciano da Fonseca, à família do homenageado. A missiva emocionou o público. Para encerrar, Ademir afirmou: “Antes de tudo era um ser humano extraordinário. Sua presença continua entre nós para nos guiar”.
Também prestigiaram a solenidade o presidente da Seção de Direito Criminal do TJSP, desembargador Renato de Salles Abreu Filho; o vice-presidente do Conselho da Associação Paulista dos Magistrados, desembargador Renzo Leonardi, representando o presidente; o juiz diretor do Foro Distrital de Cajamar, Filipe Antonio Marchi Levada; o defensor público coordenador do Núcleo Especializado de Segunda Instância e Tribunais Superiores, João Henrique Imperia Martini, representando o defensor público-geral do Estado de São Paulo; o integrante da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo, João Baptista Nalini, representando o presidente; a viúva do homenageado, Carmem Luiza Gonzalez da Fonseca, as filhas Paula Gonzalez da Fonseca Bortolini e Lívia Gonzalez da Fonseca Butkiewicz; o genro Ricardo; e os netos Luísa e Antônio; além dos demais desembargadores, juízes, integrantes da Defensoria Pública e do Ministério Público, familiares, amigos e servidores do Tribunal.
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