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TJSP abre suas portas no fim de semana e brilha na 10ª Primavera dos Museus

        O Tribunal de Justiça de São Paulo abriu suas portas à população neste fim de semana (24 e 25) para oferecer arte, história e cultura durante sua participação na 10ª Primavera dos Museus que, neste ano, aborda o tema Museus, Memórias e Economia da Cultura.             
        O evento nacional, organizado pelo Instituto Brasileiro de Museus, vinculado ao Ministério da Cultura, contou com a parceria de mais de 700 instituições, abrangendo cerca de 360 munícipios e atingiu a marca de dois mil eventos em todo o País.             
        O tema escolhido para este ano destaca o importante papel social desempenhado pelos museus na promoção de trocas simbólicas, culturais, de saberes e experiências.             
        No sábado (25), as atividades do Palácio da Justiça foram abertas com apresentação da Orquestra Duo, que tem como integrantes o escrevente do Fórum de Águas de Lindóia Darlan Oliveira e o estreante em sua companhia, o músico Rodrigo Mosso. Foram três inserções musicais com repertório nacional e internacional que levaram o público ao delírio antes do início das visitas pelo prédio.             
        Nas visitas monitoradas, pessoas de todas as idades conheceram a história da Justiça no Brasil e, especialmente,  em São Paulo. Viram fotos antigas, desde a pedra fundamental da construção do Palácio da Justiça até os dias atuais. Atentos, os visitantes ouviram sobre o estilo arquitetônico, os detalhes que o embelezam e os símbolos presentes nos vitrais e na ornamentação de afrescos e nas madeiras talhadas. Foram-lhes exibidas peças que compõem o acervo da Sala Emeric Levai com a vara, a toga, utensílios utilizados pelo TJSP ao longo da história e peças processuais antigas como o inventário de Santos Dumont e documentos da escravatura.          
        No Espaço Cultural Paulo Bomfim, além de medalhas e outras homenagens pertencentes ao poeta, eles conheceram roupas, armas e utensílios utilizados durante a Revolução Constitucionalista de 1932. A trajetória histórico-cultural prosseguiu pelas escadarias de mármore carrara em direção ao 5ª andar do prédio, onde se localiza a Sala Ministro Costa Manso com sua mobília de época, cadeiras com assentos e encostos em couro talhado com símbolos judiciários, vitrais, claraboia e paredes enriquecidas com muita arte e emblemas significativos.             
        No Salão dos Passos Perdidos, a exposição Museu do Tribunal de Justiça: Guardião da História e da Memória, encantou os visitantes com documentos seculares como o primeiro recurso julgado, datado de 1874, em que o pai de José Francisco D'Almeida ingressou porque um delegado mandou prender o garoto de 14 anos como recruta para o exército, mas teve sua liberdade concedida pelo então presidente da Relação, Alencar Arararipe. A mostra exibe ainda um exemplar do projeto do Código Civil de 1916, de Clóvis Bevilaqua, e outro das Ordenações Filipinas, além da colher de pedreiro usada no assentamento da pedra fundamental da construção do Palácio da Justiça, mobiliário de estilo e outros objetos utilizados na época de instalação do Tribunal como caneta tinteiro, sineta e suporte para pena, bem como banner com conteúdos históricos sobre o Tribunal de Justiça e o Palacete Conde de Sarzedas (sede do Museu).             
        No Palacete, ocorreram visitas monitoradas e livres ao acervo. Os visitantes prestigiaram também o acervo do museu do TJSP, composto por mobílias antigas, fotos, processos, vestimentas e peças que retratam a vida do maior tribunal do mundo. A arquitetura do castelinho, como é carinhosamente conhecido, com seus vitrais coloridos que dão charme especial ao local, foram apreciados por todos que por ali passavam, ao som da Scaglione Jazz Duet, com Aldo Scaglione (funcionário do Museu) na guitarra, e Horácio Scaglione, no contrabaixo.   
        Apresentações Musicais 
        No domingo pela manhã, o Palácio da Justiça deu início à programação cultural com as vozes do Coral dos Servidores do Tribunal de Justiça, sob a regência do maestro Daniel Volpin. O grupo apresentou obras como Come follow me, Agnus Dei, Ay! Triste que vengo, Uirapuru e outras.  
        Composto por 40 servidores, o Coral do TJSP é resultado da parceria firmada entre o Tribunal e a Emesp Tom Jobim e conta com o acompanhamento da pianista Cintia Sell. Para os coralistas Silvana Aparecida Matos (Secretaria da Área da Saúde – SAS) e Glaucio Santiago (2ª ofício de Acidentes de Trabalho), a experiência foi gratificante. “Foi uma participação admirável e pudemos sentir o entrosamento com o público”, comemoraram. 
        No início da tarde, a também servidora Sandra Camilo trouxe seu projeto “Samba Requintado” para mostrar ao público a trajetória do gênero musical. Ela foi acompanhada pelos instrumentistas Marcelo Castro (percussão) e Flavio Barba (guitarra) e trouxe uma releitura do estilo musical, executando canções como Ô Abre Alas, Camisa Amarela, Se você jurar e também composições próprias. Encerrou a participação fazendo o público entoar o refrão ‘Canta, canta minha gente, Deixa a tristeza pra lá, Canta forte, canta alto, Que a vida vai melhorar!’ de Martinho da Vila. O projeto “Samba Requintado” é de autoria de Sandra Camilo, que também é cantora, compositora e instrumentista e vem realizando trabalho de pesquisa da história do samba, desde suas raízes até os dias atuais, fazendo uma releitura do estilo. 
        O Coral da Oficina de Arte e Cultura realizou a última apresentação musical no Palácio da Justiça, no final da tarde. Sob a regência de Roberto Mendes Barbosa e Rosana Danin, os integrantes executaram obras como Isto aqui o que é; Manhã de Carnaval; Lata d'água na cabeça e outras composições da bossa nova e samba. O Coral, que é constituído por membros da comunidade e fundado em 1996 pelo cantor e maestro Roberto Mendes Barbosa, encerrou a participação na Primavera de Museus no TJSP com a música Samba do Arnesto
        Palacete Conde de Sarzedas 
        No início da tarde, os visitantes puderam prestigiar o Sarau “Tarde ao Piano”, com apresentações do servidor do TJSP Abel Fantin e convidados. Silvio Tonietto executou Ave Maria e outras composições e o músico João Candeloro pode mostrar um pouco de seu talento e encantou o público com Castelos de Gelo e obras de Villa Lobos e Cesar Camargo Mariano. 
        Durante todo o domingo, visitas monitoradas aconteceram simultaneamente no Palácio da Justiça e no Museu do Tribunal de Justiça. A contabilista Adenilza dos Anjos não conhecia o TJ e revelou que o evento foi uma experiência muito rica. “As apresentações musicais foram excelentes e o Tribunal de Justiça se mostrou muito interessante, diferente do que vemos no cotidiano”, afirmou. Amauri Ravarelli esteve com a família, assistiu à última apresentação musical e participou da visita monitorada. Disse ter ficado impressionado com a beleza do prédio, a arquitetura, os detalhes e que “conhecer o Palácio da Justiça é um passeio imperdível”, sugeriu.                 
        Mais fotos no flickr.

        Comunicação Social TJSP – LV e HS (texto) / KS e RL (fotos)             
        imprensatj@tjsp.jus.br


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