Sede do TJSP é cenário de encenação em memória da Revolução Constitucionalista
Evento retratou fatos ocorridos em 1932.
O Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Assessoria Policial Militar do TJSP, a Polícia Militar do Estado de São Paulo e a Secretaria de Segurança Pública, promoveu, nesta segunda-feira (26), encenação em memória dos 91 anos da Revolução Constitucionalista. O evento ocorreu no Salão dos Passos Perdidos, hall de entrada do Palácio da Justiça, sede do Poder Judiciário paulista, com a presença do presidente do TJSP, desembargador Ricardo Mair Anafe, e do secretário em exercício da Justiça e Cidadania, Raul Christiano de Oliveira Sanchez, representando o governador de São Paulo.
A homenagem antecipou os tributos ao feriado estadual de 9 de julho, que celebra o marco, e iniciou com a execução do Hino Nacional pela Banda do Corpo Musical da Polícia Militar, sob a regência do maestro 1º Sargento PM Jesiel da Fonte Ramos. Em seguida, o presidente do TJSP, desembargador Ricardo Anafe, destacou a importância da Revolução. “É um marco para São Paulo e para o Poder Judiciário, um movimento pelo Brasil e por todo o sistema constitucional”, declarou o magistrado, destacando o discurso do presidente do Tribunal na época dos fatos, ministro Costa Manso, em prol do movimento, que teve caráter constitucionalista.
A narração foi realizada pelo capitão PM Fernandes, com encenação dos alunos da Escola Superior de Soldados da Polícia Militar do Estado de São Paulo “Coronel PM Eduardo Assumpção”, que deram vida à manifestação ocorrida no centro da cidade de São Paulo em 23 maio de 1932. Durante o protesto, em que a população exigia democracia, eleições e uma nova Constituição, quatro jovens foram mortos (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) e um seriamente ferido, vindo a falecer em agosto daquele ano (Alvarenga). Desse episódio, surgiu a sigla MMDC, que se tornou símbolo do movimento. Em 9 de julho São Paulo iniciou a Revolução, que totalizou 87 dias de combate com – oficialmente – 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2,2 mil baixas. Em 1934, o Brasil teve uma nova Constituição.
O evento também contou com a presença do Regimento de Polícia Montada 9 de Julho – a cavalaria da PM – e a execução da Marcha Paris-Belfort, um dos símbolos do movimento. Ao final, houve a declamação da poesia “Os jovens de 32”, de Paulo Bonfim. Além disso, o Museu do TJSP exibiu parte do acervo, com destaque para o inquérito policial que averigua os fatos ocorridos na época. O documento original se encontra em exposição no Palacete Conde de Sarzedas, sede do Museu. Em exposição virtual do Museu do TJSP há também a íntegra do discurso pró-ideias constitucionalistas que o ministro Costa Manso proferiu na sede do Judiciário paulista e que foi veiculado na rádio durante o conflito armado, em 31 de agosto de 32.
Também prestigiaram a encenação os integrantes do Conselho Superior da Magistratura (CSM): desembargadores Guilherme Gonçalves Strenger (vice-presidente do TJSP), Fernando Antonio Torres Garcia (corregedor-geral da Justiça), Artur César Beretta da Silveira (presidente da Seção de Direito Privado), Wanderley José Federighi (presidente da Seção de Direito Público) e Francisco José Galvão Bruno (presidente da Seção de Direito Criminal); o coordenador do Museu do TJSP, desembargador Octavio Augusto Machado de Barros Filho; o diretor de Educação e Cultura da Polícia Militar, coronel PM Marco Antonio, representando o comandante-geral; o assessor de relações institucionais do Comando Militar do Sudeste, coronel de exército Rodolfo Guerra, representando o comandante; o chefe da Assessoria Policial Militar do TJSP, coronel PM Miguel Elias Daffara; o comandante da Escola Superior de Soldados, coronel PM Gilson Hélio; o delegado de polícia chefe da Assessoria Policial Civil do TJSP, Tiago Antonio Salvador, representando o delegado-geral; o presidente da Sociedade Veteranos de 32 – MMDC, Carlos Romagnoli; o diretor do Colégio Notarial do Brasil – Seção SP, Alexandre Gonçalves Kassama; magistrados, autoridades civis e militares, servidores e praças.
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