Dia Internacional da Menina: jovens assumem cargos de direção do TJSP em ato simbólico

 Ação “Meninas Ocupam” promoveu roda de conversa.

11 de outubro é o Dia Internacional da Menina, e as jovens Ana Clara, Emilly e Manuella assumiram, em ato simbólico, os cargos de presidente, vice-presidente e corregedora-geral do maior Judiciário do país. Elas participam de projetos da ONG Plan International Brasil, que promoveu, em parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo, a ação “Meninas Ocupam”. As três empossadas e mais 12 meninas também participaram de roda de conversa com magistradas do Tribunal. O objetivo das ações é fazer com que as meninas se reconheçam nos espaços de poder e sejam incentivadas a conquistar funções importantes e de liderança. 
Acompanhadas da CEO da ONG, Cynthia Betti, as jovens – que tem entre 14 e 17 anos –foram recepcionadas no Palácio da Justiça pelo presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia; pelo vice-presidente, desembargador Artur Cesar Beretta da Silveira; e pelo corregedor-geral da Justiça, desembargador Francisco Eduardo Loureiro, além de magistrados e servidores. “É com muito orgulho que as recebemos aqui, mas saibam que terão muito trabalho, pois estão assumindo o maior Tribunal do mundo”, brincou o presidente do TJSP. “Se seguirem pelo caminho do Direito e da Magistratura, serão muito bem acolhidas neste Tribunal”, acrescentou o magistrado, que reiterou os esforços do Judiciário pela equidade de gênero.
Em seu discurso como presidente do TJSP, Ana Clara agradeceu, em nome de todas participantes do projeto, pela oportunidade. “Sabemos que faltam cinco gerações para alcançarmos a igualdade de gênero e precisamos acelerar o relógio da paridade. Obrigada por esse momento. Que mais meninas e mulheres tenham espaço na liderança”, disse a jovem. Em seguida, elas conheceram a Vice-Presidência e a Corregedoria Geral da Justiça, acompanhadas pelos desembargadores Artur Beretta e Francisco Loureiro, que explicaram às “sucessoras” e suas colegas os deveres dos cargos.
 
Roda de conversa
O Dia da Menina foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2011 para reconhecer os direitos das jovens e os desafios únicos que elas enfrentam em todo o mundo. De acordo com o relógio do Fórum Econômico Mundial, que mede o ritmo do progresso da igualdade de gênero no mundo, serão necessários 134 anos para alcançar a paridade total. Essa data também busca maior envolvimento da sociedade, instituições públicas e formuladores de políticas na defesa dos direitos das meninas e na promoção da igualdade. 
A roda de conversa na Biblioteca do TJSP teve a participação de todas as meninas, representantes da ONG e magistradas paulistas. O encontro impacta na formação da identidade e autoestima das adolescentes. Essas referências inspiradoras ajudam a quebrar estereótipos e demonstram que é possível sonhar e alcançar objetivos altos. A conexão não apenas fortalece a confiança pessoal, mas também contribui para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária, onde a diversidade é valorizada e celebrada.
A vice-coordenadora da área da Infância e da Juventude do TJSP, desembargadora Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, compartilhou sua trajetória na carreira e as dificuldades enfrentadas por ela e pelas primeiras mulheres que ingressaram na Magistratura, deixando uma mensagem de coragem às jovens. “Não há nada que um homem faça que vocês também não possam fazer. Nunca deixem que ninguém as desqualifique. É uma alegria tê-las aqui, porque vocês enchem de vida este Tribunal”, ressaltou.
A juíza Hallana Duarte Miranda contou um pouco de sua história como mulher negra a ingressar na Magistratura e não escondeu a emoção. “Eu vejo em vocês aquilo que também fui um dia. Quando eu disse para minha mãe que queria ser juíza, ela disse: “seja”. Minha mensagem é que acreditem nos seus sonhos e contem com aqueles que acreditam em vocês. O caminho que construirão exigirá muita dedicação, mas isso não as impedirá de alcançar esses sonhos.”
  “É uma grade honra poder sediar este evento e fazer com que essas meninas tenham potência, se reconheçam, e possam desenvolver tudo de melhor que elas têm para oferecer”, declarou a juíza Mônica Gonzaga Arnoni, assessora da CGJ na área da Infância e da Juventude e uma das organizadoras da iniciativa. Também participaram da conversa a juíza assessora da Presidência, Karina Ferraro Amarante Innocencio, também responsável pela realização do evento; e as juízas assessoras Tatiana Saes Valverde Ormeleze (Vice-Presidência), Camila de Jesus Mello Gonçalves, Gabriela Fragoso Calasso Costa e Paula Lopes Gomes (Corregedoria Geral da Justiça). Por fim, fizeram uma visita guiada pelo Palácio da Justiça, prédio histórico que é sede do TJSP. Também prestigiou o evento o presidente da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), juiz Thiago Elias Massad.
 
Iniciativas do Judiciário
O Tribunal de Justiça de São Paulo foi o primeiro tribunal do país a realizar promoções a partir de listas exclusivas de mulheres para o cargo de desembargadora, nos termos da Resolução nº 540/23 do CNJ, que criou a política de alternância de gênero no preenchimento de vagas na 2ª Instância. Nas promoções pelo critério do merecimento, as cortes devem alternar lista exclusiva para mulheres com a lista mista tradicional. O objetivo é atingir a paridade mais rapidamente, até que o Tribunal Pleno tenha, pelo menos, 40% de mulheres. 
Atualmente o TJSP conta com 13,5% de mulheres entre desembargadores; 41% entre juízes e 55% entre servidores. “É compreensível que ainda tenhamos poucas desembargadoras, porque o tempo de judicatura é exigência para alcançar o cargo. Foi apenas em 1981 que tivemos as primeiras aprovadas no concurso e eram poucas. Mas atualmente o TJSP conta com políticas que buscam a pluralidade no Judiciário do Estado de São Paulo. Isso é essencial para garantir representatividade”, diz o presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia.

 

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Comunicação Social TJSP – RD (texto) / PS (fotos)
 
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