TJSP capacita mais uma turma do treinamento “Práticas Inclusivas de Atendimento ao Público”
Capacitação de 97 servidores e terceirizados.
O Tribunal de Justiça de São Paulo iniciou, na terça-feira (26), a terceira turma da capacitação “Práticas Inclusivas de Atendimento ao Público” no Fórum João Mendes Júnior. Finalizada ontem (28), capacitou 97 servidores e funcionários terceirizados para ampliação da inclusão de pessoas com deficiência nos prédios do Judiciário paulista. O treinamento é realizado pela Seção de Acessibilidade e Inclusão da Diretoria de Apoio aos Servidores (Daps), em parceria com a Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS).
Representando o presidente do TJSP, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, a juíza assessora da Presidência Karina Ferraro Amarante Innocencio destacou que a qualificação contribui para a melhoria do atendimento prestado. “O papel que vocês desempenham é muito importante, pois a maneira como orientam o nosso público retrata a forma como o Tribunal será visto. O curso foi pensado para que saibam como agir em todas as situações que possam ser apresentadas com aqueles que se dirigem todos os dias ao Judiciário”, declarou.
Para o presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade e Inclusão, desembargador Irineu Jorge Fava, ao lidar com pessoas, é fundamental que os servidores saibam suas necessidades, pois algumas precisarão de um acolhimento maior. "Esse esclarecimento resulta em qualidade e eficiência no serviço disponibilizado à sociedade”, afirmou. Para a diretora da Daps, Patrícia de Rosa Pucci Canavarro, o curso não é voltado apenas para atuação no ambiente de trabalho, “mas traz ensinamentos para a vida e ajuda a conscientizar familiares, amigos e vizinhos”.
Na capacitação, os funcionários foram instruídos sobre a Central de Intermediação em Libras (CIL), serviço oferecido no Fórum João Mendes Júnior que faz a mediação da comunicação de pessoas com deficiência auditiva para audiências e atendimento. Também aprenderam sobre a função de cordões como o composto por desenhos de girassóis, que identifica pessoa com deficiência oculta, e o formado por quebra-cabeças, símbolo do Transtorno do Espectro Autista (TEA).
Em seguida, três servidores do TJSP com deficiência visual, auditiva e de locomoção compartilharam experiências a respeito do atendimento adequado. A enfermeira judiciária Sheila de Souza Vieira falou dos cuidados na recepção de pessoas com deficiência auditiva, como evitar falar alto, articular bem as palavras e proferi-las de forma clara e objetiva. A escrevente da Seção de Acessibilidade e Inclusão Fernanda Fernandes Gonsalez de Oliveira destacou o modo correto de guiar a pessoa com deficiência visual – oferecendo o braço ou o ombro, ao invés de puxá-la, e andar um pouco à frente para que ela entenda os movimentos –, e o assistente jurídico Danilo Oliveira Freire explicou sobre o atendimento a pessoas em cadeira de rodas ou com mobilidade reduzida, que devem ser conduzidas com cuidado e atenção, principalmente em relação a obstáculos e na passagem por rampas.
Ao final, os participantes participaram de dinâmica de sensibilização, em que vivenciaram situações como a utilização de cadeiras de rodas, muletas, bengalas e guias. Para aprofundamento do tema, eles receberam o “Guia de Acessibilidade do TJSP”, com informações sobre as formas de atendimento, e a cartilha “Combata o capacitismo”, desenvolvida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para combater a discriminação contra pessoas com deficiência.
Comunicação Social TJSP – FS (texto) / PS (fotos)
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