Transtorno do Espectro Autista é tema de palestra da CIJ

Informações e compreensão do TEA.
 
A Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) e a Escola Judicial dos Servidores (EJUS) do Tribunal de Justiça de São Paulo, por meio do Núcleo de Interlocução para Políticas em Primeira Infância (Nippi), realizaram, na sexta-feira (11), a palestra “Transtorno do Espectro Autista (TEA): desafios, potencialidades e inclusão”. Com mediação da juíza integrante da CIJ e condutora dos trabalhos do Nippi, Michelli Vieira do Lago Ruesta Changman, a exposição foi conduzida pela neuropsicóloga coordenadora do Programa de Diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP), Joana Portolese.
A palestrante mostrou a linha do tempo, do nascimento até os quatro anos, do comportamento social e neurodesenvolvimento de uma criança neurotípica, ou seja, que não apresenta alterações cognitivas. “No TEA, isso é diferente. Os processos cognitivos de inferir o estado mental do outro, por exemplo, que geralmente começam aos quatro anos, não há leitura implícita no autismo”, ressaltou.
Ao apresentar outras questões comportamentais que se manifestam nas diferentes fases da vida das pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento, a profissional comentou sobre a teoria da mente – capacidade de compreender e atribuir estados mentais a si mesmo e aos outros que, no TEA, é alterado. “No Ensino Fundamental, vemos uma discrepância muito grande entre os alunos neurotípicos e os com TEA, pois é um momento em que é exigido abstrair, fazer relações, desenvolver e aprofundar questões não só na parte pedagógica, mas também na socialização. Todos esses processos vão interferir na imaginação e no faz de conta”, apontou.
Portolese mostrou fatores de risco e proteção que podem influenciar no desenvolvimento e no tratamento do TEA, ressaltando a importância do apoio familiar como um desfecho positivo. Além da genética, a profissional elencou estresse gestacional, idade materna e paterna, agrotóxicos e poluentes como fatores que contribuem. “É importante lembrar que nós não ‘pegamos’ autismo, pois ele é um transtorno do neurodesenvolvimento, ou seja, os processos acontecem na gestação, sendo aproximadamente 81% explicado pela genética”, afirmou.
Ao final, a neuropsicóloga informou sobre conceitos, diagnóstico e intervenções no TEA, a fim de ampliar o conhecimento e promover a inclusão da pessoa com esse diagnóstico, e respondeu perguntas do público.
 
Comunicação Social TJSP – BL (texto) / LC (reprodução e arte)
 
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