Justiça de Taubaté condena três médicos acusados de homicídios
Após mais de 40 horas, terminou na noite desta quinta-feira (20) no Fórum de Taubaté, o julgamento dos médicos Rui Noronha Sacramento, Mariano Fiore Júnior e Pedro Henrique Masjuan Torrecillas.
Eles foram condenados a 17 anos e seis meses de reclusão, em regime inicialmente fechado, pelas mortes dos pacientes José Miguel da Silva, Alex de Lima, Irani Gobbo e José Faria Carneiro.
De acordo com a denúncia, as vítimas ainda apresentavam sinais vitais quando tiveram seus rins retirados pelos acusados para um suposto tráfico de órgãos.
O processo, que possui 54 volumes e 10.607 páginas, é de 1986 e ficou conhecido como Caso Kalume, em referência ao médico Roosevelt de Sá Kalume que denunciou às autoridades competentes as supostas irregularidades praticadas pelos acusados.
O julgamento foi presidido pelo juiz Marco Antônio Montemór e o Conselho de Sentença foi composto por quatro mulheres e três homens.
Os réus podem recorrer da decisão em liberdade.
O júri - Durante os quatro dias de julgamento, foram ouvidas sete testemunhas de acusação, sete de defesa e os três réus puderam apresentar suas versões sobre os fatos. Foram lidas cinco cartas precatórias e apresentados dois vídeos de testemunhas ouvidas em outras comarcas.
Uma das juradas entendeu que era preciso acareação entre duas testemunhas que já haviam sido ouvidas. O Ministério Público e os advogados de defesa explanaram suas convicções por cerca de nove horas aos jurados, que precisaram de quase três horas para chegarem ao veredito.
Comunicação Social TJSP - HS (texto) / LV (foto)
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