Bullying é tema de seminário no João Mendes

        O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) realizou, na manhã desta quarta-feira (7), no prédio do Fórum João Mendes Júnior, seminário sobre Bullying. O evento faz parte dos Seminários Temáticos, promovido pela Coordenadoria da Infância e Juventude do TJSP e pela Escola Paulista da Magistratura (EPM). 
        Em sua palestra, o juiz da Vara da Infância e Juventude do Fórum Regional da Penha de França e assessor da Coordenadoria da Infância e Juventude, Paulo Roberto Fadigas, enfatizando o bullying escolar, explicou que é um tipo de violência que tem sido cada vez mais noticiada e precisa de educadores atentos para evitar maiores consequências. “É um tipo de agressão que pode ser física ou psicológica, ocorre repetidamente, intencionalmente e humilha suas vítimas. É o conflito entre a cultura da alteridade (que parte do pressuposto básico de que todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos) e a cultura da homogeneidade. Essa homogeneidade é fictícia. Na prática, o que se tem são muitas pessoas diferentes”, disse. O magistrado também explicou que a solução é o diálogo e que na Secretaria de Educação há muitos técnicos especializados realizando esse trabalho. “Não podemos subestimar o assunto”, concluiu.
        O juiz da 1ª Vara Especial da Infância e Juventude, assessor da Coordenadoria da Infância e Juventude e coordenador do Centro de Estudos de Justiça Restaurativa da EPM, Egberto de Almeida Penido, abordou o assunto da prática da justiça restaurativa como resposta ao bullying. Ele explicou que esse tipo de violência deixa um rastro de danos na medida em que a dominação constante pela força tem o potencial de alienar suas comunidades, tanto o ofensor como a vítima, ainda que de modo distintos. “A justiça restaurativa é um processo de encontro que deve contar com a participação da comunidade e requer que o ato danoso seja confrontado por todos. É um procedimento através do qual as partes afetadas e interessadas em um conflito se reúnem para solucionar coletivamente como lidar com o resultado da situação conflituosa e suas implicações para o futuro. Segue a lógica não punitiva, mas de responsabilização integral e efetiva”, argumentou.
        De acordo com as explanações da psicóloga e advogada especialista em Direito Público, psicologia jurídica, psicoterapia breve e atendimento familiar, Lídia Pereira Gallindo, caracteriza-se como bullying um extenso leque de comportamentos violentos, observados sistematicamente nas escolas – e também em outros ambientes sociais, como prisões, quartéis e até mesmo em ambientes de trabalho. Ela também mencionou as iniciativas de leis e projetos de lei que têm com objetivo a conscientização, prevenção e o combate ao bullying.
        A mestra em educação, doutora em serviço social, psicopedagoga, especialista em violência doméstica e dependência química, Mônica Nardy Marzagão Silva encerrou o seminário destacando que situações de bullying ocorrem em diversos contextos, sem restrição quanto ao nível socioeconômico, gênero ou faixa etária. “São observadas em escolas públicas e privadas, resultando em comprometimento da aprendizagem, da vontade de estudar e de todo o ambiente educativo”, finalizou.

        Comunicação Social TJSP – AG (texto) / DS (fotos)
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