Justiça de Campinas condena ex-investigador de polícia

        A 2ª Vara do Júri de Campinas condenou ontem (14) um ex-investigador de Polícia à pena de reclusão de 22 anos e três meses e detenção de três meses e dois dias, além da perda do cargo, pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, lesão corporal dolosa e adulteração de sinal identificador de veículo automotor.
        Consta que no dia 1º de novembro de 2009, cinco dias antes de a vítima ser morta, ela foi baleada na face, quando se encontrava na companhia do acusado, em Taboão da Serra, dentro de um automóvel. Hospitalizada em Barueri, a cerca de 30 km de distância, ao receber alta, a vitima foi levada por seus familiares para Limeira, onde, cinco dias depois, ou seja, em 6 de novembro, foi resgatada pelo acusado e desde então não mais foi vista com vida.
        Tanto a mãe da vítima, como a ex-esposa apontam para um relacionamento homossexual entre o acusado e a vítima, que era dependente químico desde 15 anos de idade.
        De acordo com a sentença, “o que se viu em suas condutas criminosas contra a vítima, que estava debilitado e era dependente químico, foi justamente o contrário, pois se valeu de arma de fogo do Estado para eliminar a vida da vítima, de sorte a manchar vergonhosa e profundamente a centenária Instituição da Polícia Civil do Estado de São Paulo, à qual deveria servir com altivez, orgulho e empenho”.
        “Não se pode reconhecer o direito de o condenado recorrer em liberdade, pois ele já estava detido durante a instrução processual e assim deverá permanecer, garantindo-se a manutenção da ordem pública, persistentes que estão os requisitos ensejadores de sua custódia cautelar”, consta ainda na sentença.
        O júri foi presidido pelo juiz Sergio Araújo Gomes.

        Processo: 114.01.2011.001425-8

        Comunicação Social – HS (texto) / LV (foto ilustrativa)
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