Justiça de São Paulo viabiliza venda de peças e avião da Vasp

        A 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da capital, responsável pelo processo de falência da Vasp, promove no mês de fevereiro algumas ações para vender peças, avião e sucatas pertencentes ao patrimônio da empresa. O valor arrecadado será utilizado para pagamento de dívidas trabalhistas.

        No próximo dia 6, acontece o leilão de um Boeing 737-200, avaliado em R$ 100 mil. A aeronave não pode voar, mas está inteira. Também serão leiloados quatro lotes de sucatas de aeronaves que foram desmontadas, cada um avaliado em R$ 30 mil. O leilão será na Casa de Portugal (Avenida Liberdade, 602), às 14 horas.

        O patrimônio da Vasp também conta com cerca de 80 mil peças de antigos Boeings e Airbus da empresa. Entre o material estão asas, turbinas, pneus, mesas de refeição, tapeçaria, peças de freios e motor, válvulas de pressão e combustível etc. Para efetuar a venda desses artigos, será promovida no dia 14 de fevereiro uma visitação ao Parque de Peças da empresa, localizado no aeroporto de Congonhas, em São Paulo.

        As empresas interessadas em comprar algum material devem se cadastrar no cartório da 1ª Vara de Falências (Fórum João Mendes Júnior – Praça João Mendes, s/nº) ou no escritório do administrador da massa falida, pelos telefones (11) 3107-7373 ou 3104-9668.

        Elas visitarão o depósito e indicarão quais peças pretendem adquirir, que serão avaliadas e posteriormente negociadas por meio de propostas entregues em envelopes fechados. O material que não tiver nenhum interessado, será leiloado por peso, como sucata.

        “Geralmente, em um processo de falência, os bens são avaliados por uma empresa e levados a leilão. No entanto, no caso da Vasp, há muitas peças que já não têm mais valor de mercado. Então resolvemos inverter o processo. Chamamos companhias aéreas e empresas de manutenção de aeronaves para que elas digam o que ainda desperta interesse de compra”, afirmou o juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo, Daniel Carnio Costa.

        As ações para vendas de material da Vasp contam com o apoio do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio do programa “Espaço Livre – Aeroportos”, da Corregedoria Nacional de Justiça. O objetivo é remover dos aeroportos toda a sucata de aviões pertencentes a empresas aéreas que faliram nos últimos anos e ainda ocupam espaços nos terminais. A iniciativa também tem o apoio da Secretaria Especial da Aviação Civil da Presidência da República, da Agência Nacional de Aviação Civil, da Infraero, do Ministério da Defesa, do Tribunal de Contas da União e do Ministério Público de São Paulo.

        De acordo com o juiz auxiliar do CNJ, Marlos Melek, ao retirar os aviões e as peças da Vasp que ainda estão em Congonhas, haverá a liberação de uma área de cerca de 170 mil m², o que representa 10% da área total do aeroporto. “Fui informado que esse espaço poderá ser utilizado para cerca de 15 posições de embarque e desembarque remoto”, disse Melek.

     
        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / DS (fotos)

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