Motoristas do TJSP viajam pela leitura

        Não só de acelerador, direção e atenção ao trânsito se faz o dia dos agentes de segurança (motoristas) do Tribunal de Justiça de Justiça do Estado de São Paulo. Eles podem diariamente desacelerar seu vaivém pelas ruas da cidade e dirigir seus passos rumo a uma pequena sala e avançar nas linhas de livros, numa viagem pela leitura, enquanto aguardam os chamados de serviço. Esse local ideal é a biblioteca montada especialmente para eles, que funciona em uma sala na garagem do Palácio da Justiça, utilizada como sala de espera.             

        A instalação foi em 2007, idealizada pelo desembargador Gilberto Passos de Freitas, na época, corregedor-geral da Justiça. “Tudo começou quando percebi que as ascensoristas que servem o prédio sempre liam no elevador. Então eu emprestava os livros a elas e também aos motoristas que faziam rodízio de leitura entre eles. Sugeri ao Domênico (referindo-se ao seu agente de segurança) a criação de uma biblioteca”, diz Passos de Freitas.         

        Na ocasião, Roberto Neuhold, também agente de segurança, mantinha uma prateleira com alguns livros. Ele e  Domênico Ban implantaram a biblioteca. Por meio de uma “ação entre amigos” arrecadaram o dinheiro necessário, foram a um sebo (local onde se compra livros usados) e adquiriram mais livros. Receberam também doações do corregedor, do poeta Paulo Bomfim, do próprio Neuhold, de outros agentes e servidores. “A nossa biblioteca é modesta, mas é um passo a mais para investir no aprimoramento cultural e intelectual dos servidores”, fala Domênico.         

        Para Roberto Neuhold a leitura é uma ginástica, é um exercício para manter a mente ativa e criativa. “A boa leitura é uma semente, que quando causa uma explosão de ânimo, renova os pensamentos e capacita o ser a dominar e educar os seus impulsos. É uma luz, é o alimento que revigora o espírito”, enfatiza. Neuhold ressalta ainda que a leitura é importante porque contribui para aliviar o estresse do cotidiano, principalmente, para quem enfrenta um trânsito caótico como o de São Paulo.         

        O acervo iniciou com cerca de 150 obras abrangendo títulos como "O Carteiro e o Poeta", "O Código da Vinci" e "Os Maias". Atualmente, são mais de dois mil livros sobre diversos assuntos como saúde, literatura, gramática, história, reflexão, enciclopédias, romances e diversos outros.         

        Da totalidade, 350 livros foram doados por Neuhold; 142 por Paulo Bomfim; 114 pelo atual corregedor, desembargador José Renato Nalini e 111 por Gilberto Passos de Freitas. Um agente, Raimundo doou 120 e outro, Ulisses, 96.         

        Quem quiser contribuir é só procurar a sala de leitura e fazer sua doação, há sempre um espaço vazio esperando ser ocupado. Todos os livros são catalogados e os empréstimos registrados. Somam até o momento quase dois mil empréstimos.         

        A biblioteca que oferece empréstimos externos, atende também servidores de outros setores e prédios, além dos militares, prestadores de serviço da limpeza e ascensoristas.         

        Como disse Mário Quintana: “o verdadeiro analfabeto é aquele que aprendeu a ler e não lê”. Muitas vezes ir até à biblioteca pública mais próxima se torna inviável tendo em vista a correria de uma Capital. Então, não hesite, dê uma corridinha e empreste livro da biblioteca dos agentes.      

        

        NR1: O GACS publica notícia diferente do padrão técnico-jurídico-institucional.    

        

        NR2: Participe. Envie sugestões de pauta sobre magistrados e servidores do Poder Judiciário para o e-mail da Comunicação Social.
        

        

        Comunicação do TJSP – LV (texto e fotos)         

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