Cubatão comemora 63º ano de emancipação e recepciona seu mais novo filho

        Um ser humano bastante emocionado recebeu ontem (12) o título de “Cidadão Cubatense” e assumiu a condição de filho de uma cidade “abençoada por Deus porque o seu cidadão é guerreiro”. Com essas palavras, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, encerrou seu discurso no ato solene em comemoração ao 63º ano de emancipação político-administrativa de Cubatão, no salão de sessões do Legislativo municipal.

        Na cerimônia – que reuniu representantes do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, religiosos, militares e civis – o presidente Sartori, emocionado após a apresentação de um vídeo, produzido em sua homenagem (com depoimentos de familiares, amigos, juízes e servidores), falou sobre a cidade. "Cubatão tinha tudo para dar errado porque escolheram um dos lugares mais lindos de São Paulo para rapidamente industrializá-lo. Mas, com galhardia e coragem, venceu esses obstáculos e, hoje, se apresenta forte, pujante, referência em São Paulo. O cidadão cubatense é apaixonado pela cidade, como em poucas cidades se vê. Pude ver que a prefeita Marcia Rosa quer fazer dela a maior cidade do Brasil. Vou assumir a condição de cidadão de Cubatão. Esta cidade é valorosa pelo seu povo, seu meio ambiente, sua biodiversidade. É uma cidade que valoriza a beleza, a vida, é uma terra abençoada por Deus por que tem cidadãos guerreiros, que lutam por sua cidade. Hoje, sou cidadão cubatense e agradeço a todos por essa homenagem."

        Presidida pelo vereador Donizete Tavares do Nascimento, a cerimônia foi aberta com os hinos nacional e cubatense, pela Banda Sinfônica de Cubatão, sob a regência do maestro Marcos Sadao Shirakawa. A orquestra também apresentou homenagem especial ao aniversário da cidade, em composição de Marcos Paulo e Patrícia, cantada por Marcos Paulo e Daniela Martins, com arranjos do maestro Roberto Farias.

        O juiz Frederico dos Santos Messias, diretor do fórum de Cubatão, iniciou sua fala citando o poeta Paulo Bomfim: “passamos uma época da vida colecionando emoções, a outra saudades”. “Senhor presidente é tempo de colecionar emoções. Hoje o senhor se torna filho de uma cidade rica, com um povo rico. A riqueza acollhedora dos que caminham pela avenida 9 de abril, a riqueza descontraída do Parque Anilinas, a riqueza verde do manguezal, a riqueza tecnológica do polo industrial, a riqueza cultural de Afonso Schimdt... Enfim, a riqueza que brota da alma do povo de Cubatão e o faz muito rico. Presidente é tempo também de lutar. O exercício do mais elevado dos cargos da Justiça estadual, no maior Tribunal de Justiça do mundo, lhe coloca de frente com batalha épicas. O Poder Judiciário não pode perder de vista sua posição de pilar de sustentação do Estado Democráticito de Direito.” O magistrado frisou: ”é bom que se deixe assentado que os juízes não se prestam a servir a quem quer que seja. Não servem ao governo, não servem aos grandes grupos econônicos, não servem ao crime organizado. O verdadeiro deleite do juiz é o de servir a sociedade, com imparcialidade, dando a correta e justa apliciação da lei sem nunca perder de vista a sua função social enquando fazedor de Justiça. O Judiciário sabe ouvir as críticas que são formuladas para melhorar o desempenho da sua atividade, mas não se calará diante de quaisquer medidas que possam compromter a sua liberdade de julgamento”. O juiz encerrou pedindo ao presidente que conduza o Judiciário com a grandeza de um guerreiro, própria dos filhos de Cubatão.   

        O título, proposto pelo presidente da Câmara Donizete Tavares Nascimento e aprovado por unanimidade (decreto legislativo 131, de 7/2/12), não é ato corriqueiro em Cubatão. Nas palavras da prefeita Marcia Rosa de Mendonça Silva: “estive nesta Casa (Legislativo) por oito anos e nunca vi nenhuma indicação aprovada para a cessão desse título”. Ela cativou ao falar do município que administra, com 28 grandes indústrias no polo petroquímico – entre os dez maiores arrecadadores do PIB –, que tem 70% de seu povo vivendo em áreas muito pobres e/ou palafitas. “O passivo ambiental foi sanado, agora é hora de recuperar o passivo social. É o resgate do sentimento de pertencimento, do orgulho de dizer ‘eu moro em Cutabão’”. Segundo a prefeita, Cubatão tem uma história milenar, começando com os sambaquis de cinco mil anos... É de Cubatão a água bebida por 80% da população da Baixada Santista. “Mas há uma dívida do país para com Cubatão. Os brasileiros vieram para cá construir a Via Anchieta e o Polo Industrial. Depois de prontos, essa mão-de-obra já não mais serviu. Começou aí o passivo social de Cubatão, criando a marca da cidade rica de um povo pobre".

        Esse cenário não mais existe. A prefeita Marcia Rosa afirmou que Cubatão é a única cidade brasileira que tem todas as escolas municipais com salas de aula climatizadas, entrega netbooks a todos os alunos e garante acessibilidade nas escolas com mais de um pavimento.

        A mesa condutora dos trabalhos foi composta pelo presidente da 121ª Subseção Cubatão da Ordem dos Advogados do Brasil, André Simões Louro; pelo diretor do Fórum de Cubatão e juiz da 1ª Vara, Frederico dos Santos Messias; pela prefeita Marcia Rosa de Mendonça Silva; pelo presidente da Câmara de Cubatão, Donizete Tavares do Nascimento; pelo diretor da sucursal cubatense, jornalista Manoel Alves Fernandes, representando o orador da noite, diretor-presidente de A Tribuna de Santos, Marcos Clemente Santini; e pelo homenageado, presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori.

        Entre os presentes, além da esposa Claudia Conde Sartori e dos filhos Marcelo e Guilherme, estavam o 2º vice-presidente da Associação Paulista de Magistrados, desembargador Irineu Jorge Fava, representando presidente da Apamagis; o desembargador Luiz Carlos Gomes Godói, do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região representando o presidente; o juiz da 2ª Vara de Santos, Valdir Ricardo Lima Pompêo Marinho, representando o presidente da Associação Brasileira dos Magistrados (AMB); o presidente da 121ª Subseção Cubatão da Ordem dos Advogados do Brasil, André Simões Louro, representando o presidente a OAB; Mauricio Fernando Rollemberg de Faro Melo, representando o presidente da 2ª Subseção da OAB – Santos; o juiz da Vara da Fazenda Pública da Comarca de São Vicente, Euripedes Gomes Faim Filho, representando o diretor do fórum; os juízes assessores da Presidência Guilherme de Macedo Soares e Márcio Kammer de Lima; o juiz da 1ª Vara de Acidentes do Trabalho - Central, José Mauricio Conti; a juíza da 1ª Vara da Família e Sucessões de Santos, Thatyana Antonelli Marcelino Brabo; os juízes de Cubatão Sheyla Romano dos Santos Moura, Sérgio Ludovico Martins, Carmen Sílvia Hernández Quintana Kammer de Lima e Luciana Mourão Castello; o promotor de Justiça de Cubatão, Rodrigo Fernandes Dacal; o chefe gabinete do TJSP, Tarciso dos Santos; o diretor assessor da Presidência, Kauy Carlos Lopergolo de Aguiar; o chefe do gabinete da Assessoria Policial Militar do TJSP, cel. PM Renato Cerqueira Campos, todos os vereadores do município, secretários, advogados, integrantes da Polícia Civil e Militar e cidadãos cubatenses.

        Comunicação Social TJSP – RS (texto) / DS (fotos)
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