Palestra do simpósio “Qualidade de Vida no Serviço Público” aborda liderança e deficiência física

        A Corregedoria-Geral da Justiça realizou hoje (14) a primeira parte do simpósio Qualidade de Vida no Serviço Público, destinado a magistrados e servidores, no Fórum João Mendes Jr., centro da capital. Com 754 inscritos de diversas cidades paulistas, o evento contou com o apoio da Secretaria da Área da Saúde (SAS), Centro de Treinamento e Apoio aos Servidores (Cetra), Escola Paulista da Magistratura (EPM) e Secretaria da Primeira Instância (SPI) e foi transmitido pela intranet a comarcas do Estado.

        O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, o diretor da EPM, desembargador Armando Sérgio Prado de Toledo, e o corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, abriram o evento e agradeceram à participação dos presentes. O juiz assessor-coordenador da Equipe de Divisão Judicial da Corregedoria, Durval Augusto Rezende Filho, a secretária da SAS, Mariângela Maluf Lagoa, e o diretor assessor da Presidência do Tribunal e coordenador do Cetra, Kauy Carlos Lopérgolo de Aguiar, também acompanharam as preleções.

        O primeiro palestrante foi o general do Exército e diretor do Centro de Estudos Estratégicos da Faap Sérgio Ernesto Alves Conforto, que falou sobre o tema “Liderança no Serviço Público”. Para ele, liderança é a capacidade de conduzir pessoas na conquista de objetivos, conseguindo resultados além do esperado. “Liderança é algo que pode ser aprendido. Há pessoas que desde cedo revelam forte pendor para liderar, mas qualquer um pode desenvolver essa habilidade”, afirmou.

        O general relatou brevemente dois casos históricos – a Batalha de Itororó de 1868, durante a Guerra do Paraguai, e a viagem de Ernest Shackleton no navio Endurance rumo à Antártida em 1914 – como exemplos de como um comando bem executado pode fazer com que desafios aparentemente intransponíveis possam ser superados.

        Os outros dois palestrantes causaram comoção no público, porque são profissionais bem sucedidos em suas áreas profissionais, apesar de serem portadores de deficiência física. A advogada criminalista Alexandra Lebelson Szafir é acometida por esclerose lateral amiotrófica, uma doença degenerativa, e teve o texto de sua palestra, “Eu Acredito no Poder Judiciário”, lido por um colega seu. Destacada por sua atuação na defesa de pessoas menos favorecidas, Alexandra comentou que a justiça não pode ser impessoal – a palavra soaria como algo desumano –, mas imparcial.

        “Os pobres são prejudicados não por serem pobres, mas por terem uma defesa deficiente. O Poder Judiciário trata a todos igualmente.”

        O último palestrante foi o jornalista Luiz Carlos Lopes, coordenador de desenvolvimento de programas da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Lopes, que teve poliomielite na infância, afirmou que o conceito de deficiência mudou o foco, que estava no deficiente, para a interação do indivíduo com o ambiente ao redor. As mudanças da legislação relativa ao assunto, em âmbito nacional e mundial, também contribuíram para essa transição. “O que era visto como favor virou direito. O deficiente passou a ser cidadão, e o deficiente de fato tornou-se o país, o Estado, a cidade ou a instituição.”

 

        Comunicação Social TJSP – MR (texto) / DS (fotos)
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