O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, participou hoje (9) das comemorações do 80º aniversário da Revolução Constitucionalista de 1932, em frente ao Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, no Ibirapuera, Zona Sul da capital. O presidente foi ainda agraciado com a outorga da “Medalha Constitucionalista”. 
        A solenidade teve início com a transmissão do cargo do Comando do Exército Constitucionalista do veterano Alfredo Pires Filho para Amado Rubio, integrante da Sociedade Veterana de 32, que passou, logo após ser empossado, à leitura da Ordem do Dia.
        Depois, os heróis da revolução foram homenageados com a cerimônia de sepultamento. As urnas fúnebres foram transportadas por alunos oficiais da Academia do Barro Branco e conduzidas ao interior do mausoléu do Obelisco, onde estão guardados os corpos dos estudantes Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo (cujas iniciais originaram o símbolo MMDC), além dos restos mortais de aproximadamente 700 combatentes. Sartori, o governador Geraldo Alckmin, o prefeito Gilberto Kassab e outras autoridades depositaram coroas de flores no interior do monumento, onde fica o túmulo do soldado jacente, estátua que representa os combatentes mortos na batalha. Em seguida, o presidente recebeu a “Medalha Constitucionalista”– oferecida a personalidades que se destacam pelos relevantes serviços prestados a São Paulo e ao culto da Revolução Constitucionalista de 1932.    

        Alesp - Após assistir aos desfiles civis e militares o presidente do TJSP se dirigiu à Assembleia Legislativa de São Paulo, onde recebeu outra honraria. A cerimônia, que tinha a finalidade de comemorar mais um aniversário da Revolução, aconteceu no Palácio 9 de Julho da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, sob a presidência do deputado estadual Olímpio Gomes, que resumiu um pouco da história do movimento e da importância da outorga da “Medalha 9 de Julho” a algumas das autoridades e personalidades presentes. “Esta cerimônia histórica marca os 80 anos da Revolução de 32. Se hoje temos a liberdade que temos, com força e firmeza cada vez maiores, com uma constituição, devemos a esses brasileiros, paulistas que não mediram riscos e foram à luta. O povo paulista é eternamente grato a nossos heróis. E neste ano completam-se 50 anos da ‘Medalha 9 de Julho’, a maior condecoração do Poder Legislativo paulista.” 
        A apresentação de um coral e de um vídeo deu início à homenagem a Gino Struffaldi, ex-combatente que faleceu neste ano, em que os homenageados do dia – dentre os quais o presidente Ivan Sartori -, receberam suas medalhas. Coube ao desembargador falar aos presentes em nome de todos os agraciados. “Hoje estamos respirando história viva. É uma felicidade estar aqui. O povo paulista, com essa revolução, mostrou sua fibra, seu caráter, sua hombridade. Combatemos o que feria a democracia. Estou muito honrado por receber esta medalha”, concluiu.
        Ao encerrar a solenidade, o governador Geraldo Alckmin, outro condecorado, disse também se sentir honrado com o recebimento da medalha, após assinar termo para restauração do obelisco. “Há 80 anos, homens e mulheres, jovens e idosos, se uniram em uma verdadeira epopeia. Sem dúvida, foram e ainda são heróis. Morreram para que vencesse a liberdade e a democracia. São estes os valores que nutriam a Revolução de 32. Por isso, é uma emoção estar aqui. Esta medalha é fundida pelos nossos melhores ideais, que guiam São Paulo, sempre!”
        Além do presidente Ivan Sartori e do governador Geraldo Alckmin, também foram homenageados com a “Medalha 9 de Julho” os ex-governadores Laudo Natel, Luiz Antonio Fleury Filho e Claudio Lembo; o comandante militar do Sudeste, general de Exército Adhemar da Costa Machado Filho; o comandante do 8º Distrito Naval, vice-almirante Luis Guilherme Sá de Gusmão; o comandante do IV Comar, major brigadeiro do ar José Geraldo Ferreira Malta; o procurador-geral de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Fernando Elias Rosa; o juiz presidente do Tribunal de Justiça Militar, coronel PM Orlando Eduardo Geraldi; o secretário de Segurança Pública, Antonio Ferreira Pinto; o comandante-geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel PM Roberval Ferreira França, além de outras personalidades.

         Revolução de 32 - A Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido no Estado de São Paulo, entre os meses de julho e outubro de 1932, que tinha por objetivo a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. No total, foram 87 dias de combates, que totalizaram – oficialmente – 934 mortos, embora estimativas não oficiais reportem até 2.200 baixas.

        Comunicação Social TJSP – AM (texto) / AC (fotos)
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