A Coordenadoria da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo iniciou hoje (1º) a capacitação das equipes técnicas (assistentes sociais e psicólogos) sobre o Plano Individual de Atendimento para Medidas de Proteção e Socioeducativas (PIA). O objetivo é expandir o conhecimento dos profissionais para favorecer a compreensão do contexto legal que embasa a elaboração dos planos individuais e sua repercussão nas práticas profissionais cotidianas. O curso promove, ainda, uma reflexão crítica sobre esta importante ferramenta em prol dos direitos das crianças, adolescentes e suas famílias.
        O treinamento será realizado pela equipe da Associação dos Pesquisadores de Núcleos de Estudos e Pesquisas sobre a Criança e o Adolescente (NECA), entidade que é referência na área. O primeiro encontro aconteceu no auditório da Universidade Uninove, no bairro da Liberdade, na Capital, do qual participaram 99 pessoas.
        Outras duas aulas ocorrerão nos dias 6 e 8 de agosto, alcançando, dessa forma, todos os psicólogos e assistentes da Infância na 1ª Região Administrativa Judiciária (RAJ). Até novembro, serão promovidos encontros de formação nas outras nove Regiões, com a capacitação de aproximadamente 1.200 profissionais que atuam no Estado. A equipe técnica da Coordenadoria acompanhará os especialistas do NECA nas comarcas-sedes das RAJs.
        Serão dois encontros para cada grupo: o primeiro, direcionado à aplicação do PIA a crianças e adolescentes em situação de acolhimento institucional, e o segundo, aos adolescentes em situação de conflito com a lei.
        A mesa de abertura do primeiro encontro contou com a participação do vice-coordenador da Infância e Juventude do TJSP, desembargador Eduardo Gouvêa; do juiz Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, também integrante da Coordenadoria; da coordenadora do Núcleo de Apoio Profissional de Serviço Social e Psicologia, Ana Cristina Amaral Marcondes de Moura; e da pesquisadora do NECA, Isa Guará.
        Reinaldo Cintra agradeceu a presença dos servidores e falou sobre a satisfação da Coordenadoria com a realização da capacitação. “Essa é a primeira atividade de grande porte que realizamos. Era um sonho antigo oferecer o treinamento para nossa combativa equipe, composta por profissionais que fazem os estudos técnicos e cujo trabalho é fundamental nas decisões judiciais.” 
        O desembargador Eduardo Gouvêa lembrou-se de uma das primeiras reuniões para a criação do PIA, da qual participou, e de como o conteúdo foi aprimorado para se aproximar da realidade do país. “A área da Infância e Juventude é muito dinâmica. Precisamos nos atualizar constantemente e ter novas ideias. A proteção à criança e ao adolescente é uma matéria que por muito tempo ficou no papel. E para mudar essa situação, é preciso esforço diário de todos nós”, concluiu.

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / AC (fotos)
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