Caetano Lagrasta é homenageado pelos colegas antes da aposentadoria

        Após quase 38 anos na magistratura paulista, o desembargador Caetano Lagrasta Neto se aposentará na próxima segunda-feira (12). Antes da publicação da aposentadoria no Diário da Justiça Eletrônico, colegas do Órgão Especial, da 8ª Câmara de Direito Privado e do 4º Grupo de Câmaras fizeram questão de prestar suas homenagens.

        A primeira delas foi promovida pelos integrantes do Órgão Especial. Na sessão de 24 de julho, o desembargador Antonio Carlos Malheiros saudou Lagrasta em nome dos colegas. Ele destacou a postura corajosa do desembargador diante das dificuldades e desejou muita sorte na nova fase da vida. “Eu espero que continue exatamente igual: independente, corajoso, sem medo de ser vencido e absolutamente convicto de seus ideais. Seja feliz para onde for e com o que vier a fazer”, disse.

        O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador Ivan Sartori, também fez questão de agradecer toda a colaboração de Lagrasta com a atual gestão da Presidência e, também, com as anteriores. “O senhor é uma verdadeira usina de ideias. Um homem de uma conduta reta, de uma seriedade inigualável e que tem enobrecido a magistratura por sua cultura e respeitabilidade.”

        Na ocasião também se manifestaram os desembargadores Hamilton Elliot Akel, Paulo Dimas de Bellis Mascaretti, Carlos Eduardo Cauduro Padin, Luis Antonio Ganzerla, Roberto Nussinkis Mac Cracken e a procuradora de Justiça Vania Maria Ruffini Penteado Balera.

        Na sessão de hoje (7) do Órgão Especial, o vice-presidente do TJSP, desembargador José Gaspar Gonzaga Franceschini, lembrou a época em que conheceu Caetano Lagrasta e como se impressionou com sua simplicidade e grande cultura. Ressaltou seu esforço e dedicação ao longo da carreira e mencionou a filha do homenageado, Valeria Ferioli Lagrasta Luchiari, juíza na Comarca de Jundiaí. “O senhor deixa o Judiciário paulista, mas, felizmente, sua filha continuará a história da família na magistratura, pois é uma excelente juíza.”

        O corregedor-geral da Justiça, desembargador Renato Nalini, também proferiu palavras de apreço e admiração. “Caetano, você é mais que um amigo. É um irmão na magistratura. Tem trabalhado com muito esforço e sei que não nos afastaremos”, afirmou.

        Na 8ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, da qual Caetano Lagrasta é integrante, as homenagens aconteceram no dia 31 de julho. O presidente da Câmara, desembargador Luiz Fernando Salles Rossi, exaltou o trabalho do colega: “Vossa Excelência sempre contribuiu com sua inteligência. Sentiremos sua ausência”.

        O desembargador Luiz Antonio Ambra também destacou que Lagrasta deixará um vácuo na Câmara, pois sua vida inteira foi embalada na magistratura. O desembargador Theodureto de Almeida Camargo Neto enfatizou a figura de jornalista, juiz e jurista do homenageado e mencionou os seus inúmeros acórdãos que foram relatados e publicados em revistas de jurisprudências.   

        Também se manifestaram os demais componentes da Câmara, desembargadores Pedro de Alcântara da Silva Leme Filho; João Batista Silvério da Silva e Hélio Marques de Faria; o juiz Marcelo Fortes Barbosa Filho (convocado para a sessão) e o procurador de Justiça José Bazulio Marçal Neto.

        Outras pessoas que trabalharam com o desembargador e acompanharam a sessão tiveram a oportunidade de dizer algumas palavras, entre elas o juiz da 14ª Vara Cível Central, Ronnie Herbert Barros Soares, o defensor público Anderson Almeida da Silva e o servidor Pedro Iris Paulim, que trabalha no gabinete de Caetano Lagrasta e fez singela homenagem em nome daqueles que trabalham e trabalharam com o magistrado. “Não poderia deixar de agradecer pela oportunidade dada a todos que trabalharam sob sua batuta, sem exceção. Fica apenas um lamento, a troca não foi justa: aprendemos muito mais do que poderíamos imaginar, sem retribuirmos à altura o que o senhor merecia”.

        O 4º Grupo de Câmaras da Seção de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo, composto pelas 7ª e 8ª Câmaras, despediu-se de Lagrasta na sessão de hoje (7). O desembargador Luiz Antonio Silva Costa enalteceu o trabalho do colega. “Há sete anos fui convidado a participar deste grupo e, desde então, aprendo muito com a experiência do desembargador Caetano Lagrasta. Jamais esquecerei seus ensinamentos”, disse.

        O desembargador Miguel Angelo Brandi Júnior parabenizou a trajetória reta e brilhante do homenageado. “É um grande desafio quando chega a aposentadoria. Vejo em seu semblante que fez uma trajetória bem sucedida. Oxalá eu consiga ter essa mesma serenidade, tranquilidade e sorriso aberto no momento da minha despedida.”

        Os demais integrantes do 4º Grupo também fizeram questão de proferir algumas palavras, destacando sua admiração pelo trabalho do magistrado. Além dos magistrados da 8ª Câmara, já mencionados, também os da 7ª: Luis Mario Galbetti; Carlos Alberto de Campos Mendes Pereira; Walter Rocha Barone; Ramon Mateo Júnior e Guilherme Ferreira da Cruz.

        Em todas as oportunidades em que foi enaltecido, Caetano Lagrasta agradeceu o carinho e também a presença dos familiares em algumas das homenagens. Como bom escritor, atributo mencionado por muitos colegas, redigiu uma oração de despedida em que contou sua trajetória e mencionou algumas de suas realizações, como o mutirão na 8ª Câmara que reduziu consideravelmente o acervo dos magistrados. “Agradeço a todos na pessoa de Vossa Excelência [referindo-se ao presidente Ivan Sartori], de Eliane, Bernardete, Eunice e de minha esposa, Adriana, de meus filhos, enteadas, genros, nora e netos, que saúdo na pessoinha querida de Thais, a alegria de bem terminar este prévio bom combate e de continuar sempre, sempre e sempre adiante”, concluiu.

 

        Trajetória – Caetano Lagrasta Neto é natural da Capital e formou-se pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (turma de 1970). Iniciou a carreira em 1975, como juiz substituto, na Comarca de Mogi das Cruzes. Foi promovido para a Comarca de Pitangueiras como juiz de 1ª entrância em 1978. Nesse mesmo ano foi promovido para a Comarca de Suzano, como juiz de 2ª entrância, e na sequência a juiz de 3ª entrância, na Comarca de Guarulhos. Em 1983 foi promovido a juiz de entrância especial na Capital. Em 1991 chegou ao Tribunal de Alçada Civil do Estado de São Paulo e removido para o Tribunal de Alçada Criminal em 1996. Assumiu o cargo de desembargador do TJSP em junho de 2002.

        
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