TJSP inicia campanha contra Hepatite C
A Secretaria da Área da Saúde (SAS) do Tribunal de Justiça de São Paulo, em parceria com a Organização Não Governamental “C tem que saber C tem que curar” iniciou ontem (25), em Campinas, campanha contra hepatite C. Magistrados, servidores e funcionários terceirizados acima de 45 anos puderam fazer o teste para diagnóstico da doença, gratuitamente, das 10 às 16 horas. Dentre os 359 participantes foram apurados seis casos positivos.
O coordenador de Promoção à Saúde da SAS, Marcelo Angotti, falou sobre a parceria, que percorrerá diversas comarcas do Estado nos próximos cinco anos. “A prevenção é benéfica para o Poder Público, pois evita licenças e aposentadorias, e também para o servidor que, sem sair do local de trabalho, pode cuidar de seu bem-estar.”
O juiz diretor do Fórum de Campinas, Luiz Antonio Alves Torrano, avaliou a iniciativa como positiva. “Acho lisonjeira a atitude do Tribunal em promover esta campanha gratuitamente aos funcionários, inclusive terceirizados. Igualmente lisonjeira a conduta da ONG, que trabalha em prol de causa tão importante.”
A ONG “C Tem Que Saber C Tem Que Curar”, que é uma referência em países como Colômbia, China, Índia, Estados Unidos, existe há dez anos e promove campanhas e eventos de prevenção e detecção precoce da doença, além encaminhar doentes para tratamento. José Eduardo Ferreira Godinho, secretário-geral da ONG, destacou a importância da campanha com o TJSP. “A hepatite C não tem vacina e não apresenta sintomas. No Brasil temos cerca de 3 milhões de pessoas infectadas. O bom do diagnóstico coletivo é que, em caso de detecção da enfermidade, as pessoas são imediatamente encaminhadas para tratamento nas clínicas parceiras ou no Sistema Único de Saúde (SUS).”
A funcionária Mara Rufato, da 2ª Vara da Família, fez questão de participar. “Recebi a informação de que é comum o contágio pelos instrumentos da manicure. Fiquei preocupada, porque no ano passado perdi um amigo que tinha Hepatite C.” A informação foi confirmada por José Eduardo Ferreira Godinho. “O contágio pode ocorrer não só através dos instrumentos, mas também pelo compartilhamento do esmalte. O ideal é que cada pessoa tenha o seu material.”
Comunicação Social TJSP – VG (texto) / DG (fotos)
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