O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, participou hoje (25) do evento O Tabelião diante da morte – Testamento e Diretivas Antecipadas de Vontade, promovido pelo 26º Tabelionato de Notas no centro da capital.

        Ao abrir o evento, o tabelião Paulo Roberto Gaiger Ferreira fez breve reflexão sobre a morte, ressaltando que nestes anos de atividade cartorária aprendeu muito sobre ela. "A morte é o caminho da vida e pode ser doce ou amarga. Ela assusta e amedronta. As diretivas antecipadas da vontade necessitam de regulamentação no Brasil. Precisamos debater", afirmou.

        A palestra de abertura ficou sob a responsabilidade de José Renato Nalini que falou sobre o tema Reflexões jurídico-filosóficas sobre a morte e lançou meditação aos presentes: "A morte é algo certo. Se nós pensássemos que vamos um dia deixar o mundo e o mundo não vai sentir nossa falta... Quantas pessoas insubstituíveis estão enterradas. Aqueles que se consideravam 'ah, eu sou o maior' morrem e o mundo continua... Assim como o mundo não sentiu nossa falta antes de nascermos. Nós não somos o centro atrativo do universo. Nós podemos, sim, transformar a vida dos outros, torná-la um pouquinho melhor. Podemos perguntar a cada dia 'se o mundo melhorou depois que nasci?'. Estou sendo um fator de conciliação? Eu alegro os outros? Eu facilito a vida dos outros ou sou um fator de aversão do meu semelhante? Será que estou ajudando ou atrapalhando alguém?", ponderou.

        O evento aconteceu durante todo o dia e contou também com palestras dos magistrados Ricardo Pereira Junior, da 12ª Vara da Família e das Sucessões e coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania da capital; Helena Campos Refosco, da 4ª Vara Cível de Santo Amaro (que representaram também a Coordenadoria da Família e Sucessões do TJSP); e do juiz assessor da Presidência do TJSP Antonio Carlos Alves Braga Júnior.

 

        Comunicação Social TJSP – LV (texto) / GD (fotos)
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