‘A ética está na UTI ou já morreu?’, questionou Nalini

 

        O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, desembargador José Renato Nalini, adicionou filosofia à programação do 37º Fórum Nacional dos Juizados Especiais (Fonaje), evento que se encerra nesta sexta-feira (29), em Florianópolis (SC).

        Quando falou aos cerca de 400 magistrados de todo país sobre o tema “O Juiz e a Justiça”, o presidente propôs uma reflexão sobre as mutações sociais e éticas da sociedade contemporânea e suas influências no cotidiano do juiz. Em uma época de certezas transitórias, discorreu sobre o desafio que vive a magistratura ao deparar com uma agenda moral que a todos surpreende e cobra posicionamentos, tanto na esfera íntima quanto na global. “A ética está na UTI ou já morreu?”, questionou, desconfiado da possibilidade dela ter sido substituída pela estética. “A preocupação com a aparência suplanta aquela com o conteúdo”. Ao encerrar sua participação no painel desta manhã, José Renato Nalini disse que a moral não foi amputada, apenas anestesiada. “A moralidade está na consciência de cada um.”

        Vários magistrados paulista também prestigiaram o 37º Fonaje,  entre eles o presidente da Associação Paulista de Magistrados, Jayme Martins de Oliveira Neto, que também fez uso da palavra, e o juiz substituto em 2º grau Ricardo Cunha Chimenti, que participou da mesa “Juizado Especial Cível. Conciliação. Repercussão das alterações do Novo CPC no Sistema dos Juizados Especiais. Desafios decorrentes da ampliação de competência na Lei dos Juizados da Fazenda Pública (Lei 12.153/09). Outros desafios”, junto com o desembargador Pedro Manoel Abreu (TJSC) e com o juiz em 2º grau Paulo Henrique Moritz da Silva (TJSC).

        Outros temas debatidos: “The Courts of England and Wales: a look at the small claims” (John Matthews); “Juizado Especial Criminal. Novos Caminhos para a Justiça Especializada” (desembargador Joaquim de Almeida Neto (TJRJ) e promotores de Justiça Fábio Rodrigues Franco Lima (MPSP) e Pedro Henrique Demercian (MPSP); nos grupos de trabalho: Cível (juízes Antonio Augusto Baggio e Ubaldo e Lilian Telles de Sá Vieira (TJSC) e Marcos Alexandre Bronzatto Pagan (TJSP); Criminal (juízes Mauro Ferrandin e Jaber Farah Filho (TJSC) e  Mario Roberto Kono de Oliveira (TJMT); Destinação de verbas das penas alternativas (juiz Décio Menna Barreto de Araújo Filho); Fazenda Pública (juízes Davidson Jahn Mello, Carlos Roberto da Silva e Edison Zimmer (TJSC) e juiz em 2º grau Ricardo Cunha Chimentti (TJSP); Manual de procedimentos da Fazenda Pública (juízes Davidson Jahn Mello, Carlos Roberto da Silva e Edison Zimmer); Turmas Recursais e de Uniformização, Gestão e Inovações (juízes Márcio Rocha Cardoso e Marcos Bigolin/TJSC).

 

        Comunicação Social TJSP – RS (texto) com informações e fotos TJSC
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