Parceria une esporte e Poder Judiciário em prol de cidadania

        O Centro Educacional Unificado (CEU) de Perus foi palco, no último sábado (27), de iniciativa pioneira envolvendo o Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos do Tribunal de Justiça (Nupemec), o  Comitê de Ação Social e Cidadania do TJSP (Casc) e a Organização Não Governamental “Ação Educativa”, que há 21 anos promove o desenvolvimento da cultura e educação entre os jovens.
        A unidade educacional da zona oeste foi sede da primeira apresentação do projeto, com a presença de meninos e meninas praticantes do futebol callejero, trazidos pelo Cadeca (Centro de Defesa da Criança e do Adolescente) de Sapopemba e pelo Movimento Nacional de População de Rua, de Osasco, que participaram do evento juntamente com os funcionários e conciliadores do Nupemec e da presidente do Casc, Maria Luiza de Freitas Nalini.

        O futebol callejero surgiu na década de 90 na Argentina e visa a prática do esporte nos espaços públicos das grandes cidades, com algumas características diferenciadas do futebol tradicional. É praticado em três tempos e, ao invés de um juiz, tem um mediador. Além disso, as equipes são mistas, formadas por meninos e meninas. No  primeiro tempo, os jogadores se reúnem para definir as regras do jogo, mais ou menos como antigamente se fazia nas peladas praticadas por meninos, na rua. No segundo tempo, a partida é realizada com base nas regras definidas anteriormente e, no terceiro tempo, o mediador avalia o desempenho dos times e o vencedor é definido, além do placar da partida, a partir de quesitos como  cooperação, solidariedade e respeito. Este ano, o Brasil foi campeão da Copa América de Futebol Callejero, disputada na Argentina.

        Na partida disputada neste sábado, o mediador foi Tiago de Jesus Reis, que chegou a tentar a carreira de jogador de futebol, mas circunstâncias da vida e o uso de drogas o impediram de realizar seu sonho. Conhecer o Movimento Nacional de População de Rua fez com que retomasse a alegria de desenvolver seu amor pelo esporte, por meio do futebol callejero. A ONG Ação Educativa esteve representada no evento por Carolina e Vandrigo, que desenvolvem a prática do futebol callejero entre os jovens.

        Também no CEU de Perus conciliadores e servidores do Nupemec  realizaram atendimentos à população, muitos dos quais resultaram em acordos de divórcio, reconhecimento espontâneo de paternidade e regularização de união estável. Um dos casos registrados foi do casal Paulo e Andréa, que vive junto há 15 anos e tem dois filhos, de 8 e 14 anos. Eles decidiram legitimar a união, entre outros motivos,  para a alegria dos filhos, que “cobravam” isso deles, e também para a inclusão de Andréa no plano de saúde familiar.

        A presidente do Casc, Maria Luiza de Freitas Nalini, falou de sua satisfação em ver finalmente colocada em prática a parceria entre o Casc,  o Nupemec e o projeto do  futebol callejero, ideia que o juiz assessor da Corregedoria Geral da Justiça, Jayme Garcia dos Santos Junior, lhe apresentou em março do ano passado. Participaram dos trabalhos as servidoras do Tribunal de Justiça Maria Cristina Coluna Fraguas Leal (Nupemec) e Cláudia Regina Farabello (CASC) e os mediadores voluntários João Carlos Nogueira e Ademir Ferreira.

 

        Comunicação Social TJSP – RP (texto) / DG (fotos)
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