Vara da Infância do Tatuapé promove evento para crianças no circo

Encontro também serviu para divulgar projeto Tatu do Bem.

 

        A Vara da Infância e da Juventude do Foro Regional do Tatuapé promoveu neste domingo (8) uma festa de comemoração do Dia das Crianças. O evento aconteceu no Circo Stankowich e também promoveu a divulgação do programa de apadrinhamento afetivo da unidade, chamado Tatu do Bem. A ação, voltada a crianças e adolescentes dos sete serviços de acolhimento sob jurisdição da vara, teve apoio da subseção da Ordem dos Advogados do Brasil no Tatuapé, e o suporte do Grupo de Apoio à Adoção Acolher, de Mairiporã.

        Cerca de 20 crianças e adolescentes, com faixa etária entre sete e 17 anos de idade, algumas delas portadoras de necessidades especiais, participaram da ação, além de pessoas interessadas em conhecer o programa “Tatu do Bem”. Segundo a juíza Gilda Cerqueira Alves Barbosa Amaral Diodatti, titular da vara, o objetivo foi promover a troca de experiências. “Temos feito esse tipo de encontro a cada quatro meses, de forma lúdica, sem muita exposição das crianças e adolescentes”, declarou.

        A magistrada contou que vários casos de apadrinhamento começaram em eventos semelhantes. “Buscamos propiciar o encontro de pessoas que já participam do programa com aquelas interessadas em ingressar, para mostrar a riqueza desse tipo de convivência”, ressaltou. Pessoas que estão na fila da adoção também têm sido convidadas para conhecer o apadrinhamento afetivo. “Entendendo a realidade das crianças e adolescentes que estão nos abrigos, muitas pessoas estão ampliando seus perfis. Por exemplo, aceitando adotar crianças mais velhas”, explicou.

        Lauricéia Pereira Souza se tornou madrinha afetiva do adolescente M. em janeiro deste ano. Ela conta que entrou no programa com o objetivo de ajudar o próximo. “Temos que doar amor, não só receber”, salientou. “A experiência está sendo muito gratificante para nós dois. Fazemos passeios, vamos ao cinema, eu o levo para jogar bola no parque, frequentamos a piscina do meu prédio. Enfim, é um relacionamento de amor”, disse.

        Diana Pedro estava na fila da adoção quando se tornou madrinha na modalidade prestadora de serviço, dando aulas de reforço em um abrigo. “Foi quando conheci J., de 16 anos”. A partir daí, ambas se aproximaram. “Resolvi me tornar madrinha afetiva e depois pedi sua guarda. Tudo foi muito rápido, o processo durou cerca de seis meses”, contou.

        Alexandre Baltazar e sua esposa, Ludimila Zadorojny, têm um filho de 13 anos e apadrinharam V., de 14 anos, em julho deste ano. “Ter mais uma pessoa em casa é um aprendizado constante, tudo muda. É maravilhoso”, disse Alexandre. Para Ludimila apadrinhar é saber dividir, saber viver uma nova experiência. “Você pode ajudar, dar um rumo, amor e carinho a uma criança”. V. disse que ansiava pelo apadrinhamento. “Acho muito legal. Saímos juntos, brincamos, jogamos videogame.”

        Casados desde 2015, Fabio e Maria Fernanda Araújo inscreveram-se no cadastro de adoção em 2016. “Do mesmo jeito que queremos ser pais, há crianças que precisam de famílias”, afirma Fabio. Eles foram ao evento para conhecer o projeto. “É importante entendermos as necessidades dessas crianças”, acrescentou. Fernanda é pedagoga e já foi voluntária em um abrigo. “Sempre gostei de trabalhar com crianças e agora quero passar esse amor”, completou.

        Leopoldo Luis Lima Oliveira, presidente da subseção da OAB no Tatuapé, afirmou que a instituição divulga o projeto do Tribunal de Justiça aos advogados, para que todos possam conhecer e participar. “Cumprimento o presidente do TJSP, desembargador Paulo Dimas, pelo trabalho desenvolvido, especialmente aqui no Tatuapé”, disse. O presidente da Comissão da Criança e do Adolescente da subseção, Carlos Roberto Elias, explica que todo casal na fila de adoção deve participar de grupos de apoio. “Nosso trabalho é fazer com que os pretendentes à adoção e ao apadrinhamento conheçam a realidade e tenham contato com as crianças que estão em abrigos”, relatou.

 

        Apadrinhamento

        Os programas de Apadrinhamento Afetivo  buscam resgatar o direito de convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes acolhidos com remotas perspectivas de adoção ou retorno à família.  Os jovens acolhidos têm a possibilidade de criar laços com pessoas interessadas em ser um padrinho/madrinha, voluntários que se dispõem a manter contato direto com o “afilhado”, podendo sair para atividades fora do abrigo, como passeios, festas de Natal, Páscoa, entre outras. Dessa forma, são vivenciadas experiências que auxiliam no processo de valorização da autoestima.

        www.tjsp.jus.br/ApadrinhamentoAfetivo

 

 

        Comunicação Social TJSP – VT (texto) / KS (fotos)

        imprensatj@tjsp.jus.br

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