Conselho da Comunidade de Taubaté apresenta trabalho a integrantes do TJSP
Grupo atua na reinserção social de apenados.
Os trabalhos desenvolvidos pelo Conselho da Comunidade de Taubaté, que atua junto à Vara de Execuções Criminais, foram apresentados na tarde de sexta-feira (6) no Tribunal de Justiça de São Paulo, em evento direcionado a magistrados e servidores. Criado há quatro anos, o conselho é formado por 20 pessoas que prestam serviço voluntário voltado à ressocialização de apenados, sob a coordenação da juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, titular da 1ª Vara das Execuções Criminais.
Para abrir os trabalhos, o corregedor-geral da Justiça, desembargador Geraldo Francisco Pinheiro Franco, falou em nome do TJSP e ressaltou a importância da atuação do Conselho. “É um trabalho extraordinário, principalmente porque é executado concomitantemente com as atribuições da vara. Um trabalho prestado de forma competente, com resultados positivos para a sociedade.” Ele aproveitou para lembrar, que, em 8 de março, a magistrada recebeu a Medalha Mietta Santiago 2018, uma homenagem da Câmara dos Deputados pelos relevantes serviços prestados na comarca.
O desembargador Luiz Antonio Cardoso, responsável pela Coordenadoria Criminal e de Execuções Criminais do TJSP, também exaltou as atividades do Conselho. “Gostaria de manifestar meu reconhecimento público pelo trabalho executado pelos voluntários. Ao visitá-los, percebi que são uma verdadeira família”, disse. O magistrado também destacou a importância da atuação da juíza responsável pelo Conselho da Comunidade.
Sueli Zeraik de Oliveira Armani agradeceu a todos e relembrou o início das atividades do Conselho, então com apenas três voluntárias: Maria Teresa de Oliveira Ivo, Neide Duarte dos Santos e Cláudia Maria Segalla Formenti. “É imprescindível a conscientização e a participação da sociedade civil organizada em parceria com o Estado. O foco do Conselho é a melhoria do sistema carcerário e a reinserção social dos indivíduos. Atuo há 20 anos nessa área e posso dividir o trabalho em antes e depois dessa iniciativa”, afirmou.
A presidente do Conselho da Comunidade, Maria Teresa de Oliveira Ivo, falou da evolução do grupo que atua em 11 unidades prisionais e atende cerca de 16 mil detentos. “No início, apenas fazíamos visitas aos presídios e relatórios. Aos poucos o trabalho foi se estruturando e hoje contamos com um grupo multidisciplinar e parcerias para a realização de diversos projetos”, comentou. Ela ainda destacou que a intenção dos conselheiros/cidadãos é contribuir com o desenvolvimento do País. “Acredito que essa ação possa se multiplicar e ajudar os mais necessitados.”
O conselheiro mais jovem do grupo, Higor Cauê Souza Oliveira, apresentou a estrutura organizacional e atividades do Conselho, como visitas mensais aos presídios, entrevistas com detentos, elaboração de relatórios ao juízo, mutirões e parcerias para projetos. Ele afirmou que, em um ano de atuação, o grupo conseguiu acelerar mais de 7.800 pedidos de benefícios. “É sempre uma alegria participar de atividades que nos levem a mudar a vida das pessoas”, comentou.
Ao encerrar a sessão, o vice-presidente do TJSP, desembargador Artur Marques da Silva Filho, afirmou que o sucesso da iniciativa se deve à dedicação dos voluntários e, particularmente, da magistrada Sueli Zeraik de Oliveira Armani.
Também estavam presentes o presidente da Seção de Direito Criminal, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia; juízes assessores da Corregedoria Geral da Justiça e da Presidência da Seção de Direito Criminal do TJSP; magistrados da área de Execuções Criminais, servidores e convidados.
Comunicação Social TJSP – VT (texto) / AC (foto)
