Evento da Vara da Infância e Juventude Central promove 4ª Reunião dos Serviços de Acolhimento

No encontro foi apresentado o projeto ‘Eu Tenho Voz’.

        O Tribunal de Justiça de São Paulo promoveu na última sexta-feira (11) a 4ª Reunião dos Serviços de Acolhimento da Vara Central da Infância e Juventude, com a apresentação da peça de teatro “Marcas da Infância”, parte do projeto “Eu Tenho Voz”, projeto desenvolvido pelo Instituto Paulista de Magistrados (Ipam).

        No encontro, representantes de 18 serviços de acolhimento estiveram presentes para conhecer o projeto e discutir a violência doméstica contra crianças e adolescentes. O evento foi coordenado pelas juízas Cristina Ribeiro Leite Balbone Costa e Mônica Gonzaga Arnoni, da 1ª Vara da Infância e Juventude Central. A presidente do Ipam, juíza Hertha Helena Rollemberg Padilha de Oliveira, e a coordenadora-geral do Centro de Referência às Vítimas da Violência do Instituto Sedes Sapientiae (CNRVV), professora Dalka Chaves de Almeida Ferrari, foram palestrantes convidadas.

        A peça teatral “Marcas da Infância”, da Companhia NARRAR Histórias, traz três narradoras que dividem a cena contando histórias de sua infância. Elas voltam ao passado, lembrando as marcas que ficaram de um tempo permeado por abusos e medo. Com muita música e brincadeiras, o tema da violência doméstica é abordado de forma poética, buscando conscientizar a plateia sobre a importância da denúncia e de que estão seguros para fazê-la sem medo. A peça já foi apresentada para mais de 10 mil pessoas e, a cada apresentação, pelo menos duas denúncias de abuso são feitas. Mônica Arnoni elogiou a delicadeza com que a Companhia NARRAR trata do tema em sua montagem e agradeceu ao Ipam por disponibilizar o projeto. “É uma iniciativa que merece toda a divulgação possível, pois é capaz de salvar vidas.”

        Em seguida, a juíza Herta Helena apresentou o projeto “Eu Tenho Voz”. Iniciado em 2016, visa desenvolver diferentes ações contra o abuso sexual, físico e psicológico de crianças e adolescentes. Em parceria com as Secretarias Estaduais da Educação e da Saúde, Ministério Público e as Varas da Infância e Juventude, a iniciativa atua em escolas, centros comunitários e outros espaços. Atualmente, o instituto busca recursos para a realização de oficinas para estudantes, professores, mediadores escolares e conselheiros tutelares. “O objetivo é desmistificar a figura do juiz perante a comunidade, mostrando que não somos inacessíveis e que estamos aqui para ajudar”, disse a magistrada.

        Dalka Ferrari falou da necessidade de se conjugar esforços para combater o problema. “Quando questionada, a criança não revela o abuso por medo”, afirmou a palestrante. Também apresentou os resultados do trabalho do CNRVV, que mostram mudanças nas atitudes e crenças em relação ao abuso doméstico, favorecendo denúncias e prevenções.

        Ao final, foi aberto espaço para os debates, em que as magistradas e as palestrantes responderam perguntas do público presente.

        Comunicação Social – DM (texto) / RL (fotos)

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