Sessão tratou de litígio sobre demarcação de terras.

        O Centro Judiciário de Soluções de Conflitos e Cidadania (Cejusc) da Comarca de Itapecerica da Serra realizou, na última sexta feira (14), a primeira sessão que contou com a adoção da técnica da Constelação Sistêmica como ferramenta para dirimir conflitos de alta complexidade. O projeto é uma iniciativa da juíza coordenadora do Cejusc, Patrícia de Assis Ferreira Braguini.

        “Por vezes nos esquecemos que o conflito não é apenas jurídico, por isso temos que oferecer o tratamento adequado a ele”, afirmou a magistrada. Para ela, “o uso da constelação, por evidenciar o não dito, revelando as dinâmicas ocultas que sabotam o entendimento entre as partes, prejudicando o acordo ou seu cumprimento, é prática adequada a diversos tipos de demanda”. A juíza explicou que a constelação é utilizada em conformidade com a Resolução 125/10 do Conselho Nacional de Justiça.

        Na esfera judicial a constelação é aplicável nos âmbitos familiar, penal, empresarial, educacional, dentre outros. No projeto-piloto, foi submetido à constelação um processo da 2ª Vara Cível da comarca, que trata de um litígio sobre demarcação de terras. Participaram do evento cerca de 15 pessoas, entre advogados, pessoas da comunidade, servidores, oficiais de justiça e conciliadores, além da magistrada. O objetivo foi discutir a demanda, antes da realização da próxima audiência de conciliação, já que se trata de um processo de difícil solução.

        O nome “constelação” faz alusão ao agrupamento de estrelas em sua conformação harmônica. De acordo com a juíza coordenadora do Cejusc, a constelação sistêmica - conforme os preceitos do método desenvolvido pelo terapeuta e filósofo alemão Bert Hellinger -, promove a restauração do sistema nos relacionamentos pessoais, cujas regras foram quebradas.

 

        Comunicação Social TJSP – VT (texto) / Comarca (fotos)

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