Terceiro dia do Fonavid tem dinâmicas em grupo e deliberações

Atividades foram divididas em grupos de matérias.

 

Após os dois primeiros dias de palestras e debates com participação do público em geral, o XI Fórum Nacional de Juízas e Juízes de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (Fonavid) realizou, nesta quinta-feira (7), reuniões internas dos grupos de trabalho entre magistrados e equipes multidisciplinares dos tribunais de Justiça estaduais. Com o tema “Educação para equidade de gênero: um caminho para o fim da violência doméstica contra a mulher”, é a primeira vez que o encontro ocorre na capital paulista.

As reuniões temáticas ocorreram simultaneamente em quatro salas, com cerca de 50 pessoas em cada uma, divididas por grupos que abordaram os temas: Cível e Medidas Protetivas; Criminal; Boas Práticas; e Multidisciplinar. Na primeira parte, magistrados, assistentes sociais e psicólogos participaram de uma oficina surpresa com dinâmicas em grupo. O objetivo foi estimular uma interação leve e informal a partir de situações vivenciadas nas varas. Os participantes fizeram atividades com a temática da violência como pano de fundo; simulações de casos reais; e dinâmicas em duplas ou trios, em que as pessoas se colocaram na condição de vítimas ou testemunhas.

“Ficamos em posição diferente daquela que estamos acostumados, pudemos verificar quais são as dificuldades que uma mulher negra, jovem ou de meia idade, enfrenta na sociedade; como são as ínfimas possibilidades de expectativa de trabalho e de realização de sonhos, ainda mais se for tolhida pelo controle de um marido ou companheiro”, comentou a desembargadora Angélica de Maria Mello de Almeida, coordenadora da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de São Paulo (Comesp), que participou do grupo Criminal.

Na segunda parte, foi promovido um debate de ideias sobre questões de aprimoramento dos serviços, como cada um aplica a lei, estratégias de atuação e experiências locais. Na consolidação das conclusões, as propostas de enunciados e recomendações foram votadas pelos grupos de trabalho. As proposições aprovadas serão relatadas amanhã (8) – último dia de evento – na Assembleia Geral, composta por 27 juízes representantes de cada unidade da Federação. Após os quatro dias de trabalho, os encaminhamentos serão publicados na Carta de São Paulo.

Sobre as composições dos grupos de trabalho, o primeiro – Cível e Medidas Protetivas – teve a juíza Jacqueline Machado (TJMS) como coordenadora; o juiz Mário Rubens Assumpção Filho (TJSP) como expositor; a juíza Marianna de Queiroz Gomes (TJGO) como secretária; e, como facilitadoras, as juízas Ruth Duarte Menegatti (TJSP) e Márcia Kern (TJRS), a atriz Lorena Sanchez e a jornalista Mariana Bavaresco. O segundo grupo – Criminal – contou com a coordenação da juíza Adriana Ramos de Mello (TJRJ); teve as juízas Ana Cristina de Freitas Mota (TJPE) e Ana Lorena Teixeira Gazzineo (TJAM) como expositoras; o juiz Alexandre Arakaki (TJPA), como secretário; e, como facilitadores, o juiz Hugo Leandro Maranzano (TJSP) e a médica Ana Flávia de Oliveira. O terceiro – Boas Práticas – teve os juízes Deyvis de Oliveira Marques (TJRN), coordenador; Madgéli Frantz Machado (TJRS) e Zilda Romero (TJPR), expositoras; Jamilson Haddad Campos (TJMT), secretário; e Tatiane Moreira Lima (TJSP) e a escritora Calila das Mercês, facilitadoras. Por fim, o quarto grupo – Multidisciplinar – contou com as juízas Teresa Cristina Cabral Santana (TJSP), coordenadora; Luciana Lopes Rocha (TJDF) e Nely Alves da Cruz (TJTO), expositoras; Marcelo Gonçalves de Paula (TJMG), secretário; e, como facilitadoras, a juíza Carolina Moreira Gama (TJSP), a atriz Edna Ferri e a psicóloga Mafoane Odara, do Instituto Avon.

 

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