Palácio da Justiça recebe júris simulados
Faculdade Cantareira e Etec Braz Paschoalin realizam atividade.
O Salão do Júri do Palácio da Justiça, sede da Corte paulista, foi sede de julgamentos por mais de 60 anos - de 1927 a 1988. Atualmente, além de eventos ligados ao Judiciário paulista, o local recebe júris simulados, evento promovido por instituições de ensino com o objetivo de proporcionar a estudantes de Direito uma experiência prática.
Na sexta-feira (22) foi a vez de alunos do 4º e 5º ano de Direito da Faculdade Integral Cantareira. A professora Cristiane Simões Cível foi a responsável pela organização do evento. “Todo ano nos programamos para vir porque é um grande aprendizado para os alunos que participam e também para nós que coordenamos”, declarou ela na abertura dos trabalhos.
Desta vez, o caso real escolhido pelos alunos foi um processo contra réu acusado de homicídio simples e porte de arma. Os alunos interpretaram jurados, réu, promotores, advogados e serventuários. Após sustentação oral da acusação e da defesa, os jurados, em votação secreta, reconheceram a materialidade do delito de homicídio sem indícios de legítima defesa e o porte ilegal de arma, condenando o réu a sete anos de reclusão em regime semiaberto, por ser este réu primário e sem maus antecedentes. O coordenador do curso de Direito da Faculdade Cantareira e do Núcleo de Prática Jurídica, José Guida Neto, que acompanhou toda a atividade, também agradeceu ao TJSP. “Eu fico sempre emocionado todas as vezes que participo do júri simulado com os alunos”, afirmou.
Na última terça-feira (12), foi a vez dos alunos da Escola Técnica Prefeito Braz Paschoalin (Etec) participarem do júri simulado, que foi organizado pelo coordenador de serviços jurídicos, Marcos Batista dos Santos, e pelo aluno Danilo César de Moura Valência. Ao iniciar o evento, Marcos Batista agradeceu à direção da Etec, aos professores que ajudaram na elaboração do projeto, aos alunos da Anhanguera e ao Tribunal de Justiça por viabilizarem a realização da atividade.
Os alunos se basearam em caso verídico de homicídio qualificado e ocultação de cadáver, ocorrido em 2014 na cidade de Jandira, em que a ré matou o primo, com quem mantinha relações extraconjugais, e ocultou o cadáver em uma mata. Após mais de duas horas de prática com oitiva de duas testemunhas, interrogatório do réu e debates, os jurados decidiram, em votação secreta e por maioria de votos, condenar a acusada, que teve a sentença fixada em cinco anos de prisão. O diretor da Etec, Nivaldo Francisco de Deus Filho, agradeceu ao TJSP pela oportunidade.
O agendamento de visitas monitoradas e júris simulados no TJSP são realizados pela Diretoria de Relações Institucionais pelo telefone (11) 3117-2596.
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