Palácio da Justiça é cenário de séries e filmes

Prédio tem sido locado por produtoras.

 

        O histórico Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça de São Paulo, tem despertado o interesse de diversas produtoras de filmes, séries e novelas para gravação de cenas de julgamento ou roteiros de época. A Provimento nº 77/10 regulamenta a locação dos prédios da Corte paulista para a realização de captação de imagens com fins comerciais, garantindo a utilização e conservação do patrimônio público. As diárias variam de R$ 10 mil a R$ 30 mil, conforme a finalidade, com valores revertidos ao Fundo Especial de Despesas.

        Recentemente a série Irmandade, lançada em outubro pela Netflix (plataforma de séries e filmes pela internet), teve cenas gravadas no emblemático Salão do Júri do Palácio da Justiça. Na produção, uma jovem advogada descobre que o irmão, que ela achava estar desaparecido, na verdade está encarcerado. Ela enfrenta um dilema moral depois que policiais a abordam para que seja uma informante, pois seu irmão seria líder de uma facção.

        Outras séries e filmes também tiveram cenas gravadas no Palácio da Justiça nos últimos meses e serão lançadas futuramente. As produtoras interessados encaminham a demanda à Secretaria da Presidência (SPr), por meio de sua Diretoria de Comunicação Social (imprensatj@tjsp.jus.br), com sinopse do roteiro e detalhamento das cenas. O expediente passa pela análise da Assessoria da Presidência e as atividades são acompanhadas pelas equipes de administração predial, ligadas à Secretaria de Administração e Abastecimento (Saab).

        Com a locação do espaço, além de angariar recursos aos cofres públicos, o TJSP tem a oportunidade de exibir à população a bela arquitetura do Palácio da Justiça, localizado na Praça da Sé, no coração de São Paulo. Projeto do escritório do arquiteto Ramos de Azevedo, em 1920 foi lançada a pedra fundamental deste marco arquitetônico da Cidade. A presença de grandes espaços tornou a obra pioneira no uso de estruturas metálicas. Sua fachada foi inspirada no Palácio da Justiça de Roma, ornamentado com figuras, cariátides e símbolos do judiciário. Após 13 anos, em janeiro de 1933, começaram as atividades no Palácio da Justiça; uma segunda inauguração ocorreu em 25 de janeiro de 1942, em homenagem à cidade de São Paulo pelo seu 388º aniversário. O Palácio da Justiça, considerado monumento histórico de valor arquitetônico e interesse cultural, foi tombado pelo Condephaat em dezembro de 1981.

        O Salão do Júri, localizado no segundo andar do prédio, mede aproximadamente 230 metros quadrados e é todo revestido com lambris de madeira de lei, entalhada por artífices do Liceu de Artes e Ofícios, escola de Ramos de Azevedo. O teto, ornamentado com motivos renascentistas, tem ao centro uma claraboia com belo vitral e lustres de bronze e alabastro, pesando cerca de meia tonelada cada. No local ocorreram julgamentos como o do Cabo Bruno, Lindomar Castilho e Osmani Ramos. O plenário foi desativado em 1988 e atualmente é utilizado para eventos especiais da magistratura, palestras e concursos.

 

        Comunicação Social TJSP – CA (texto) / internet (fotos ilustrativas)

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