Magistradas iniciam projeto "Arco-Íris dos Ventos" com crianças e adolescentes
Ação alcança jovens vítimas ou testemunhas de violência.
O Setor de Atendimento de Crimes da Violência contra Infante, Idoso, Pessoa com Deficiência e Vítima de Tráfico Interno de Pessoas (SANCTVS), unidade especializada vinculada à 16ª Vara Criminal da Capital, promoveu, na sexta-feira (24), no Fórum Criminal “Ministro Mário Guimarães”, o primeiro encontro das juízas Maria Domitila Prado Manssur e Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes com jovens de 14 a 21 anos para convidá-los a participar do recém-criado Programa Arco-Íris dos Ventos (PAIV), que reúne um conjunto de ações sociais voltadas à promoção dos direitos das crianças e dos adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.
A partir da cooperação entre família, Estado e sociedade civil, são articulados serviços em áreas estratégicas, como saúde mental, educação e profissionalização, além de cultura e lazer, visando contribuir para a superação dos efeitos da violência. Como pontapé do programa, os jovens participarão de seletiva para trabalhar em uma rede varejista, que abraçou a causa e fechou parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo, tudo sem contrapartidas financeiras. O objetivo é promover a inclusão no mercado de trabalho, dando a oportunidade do primeiro emprego e colaborando, assim, para o desenvolvimento pessoal e profissional de cada um.
Idealizadora e coordenadora do projeto, a juíza Maria Domitila Prado Manssur disse que essa é uma oportunidade de recomeço. “São novos ventos. A ideia é a concretização de sonhos e projetos de vida. Como juízes, temos muitas obrigações e responsabilidades com o jurisdicionado, entre elas, atuar em projetos sociais, que são encaminhados e acompanhados pelo Tribunal. Trabalhamos numa comunhão de esforços entre vários agentes da sociedade para fazer dar certo. No começo é desafiador, mas desafios existem para serem superados”, afirmou a magistrada.
A também coordenadora do PAIV, juíza Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes falou que os jovens chegaram ao Fórum por uma determinada situação e que agora a condição é completamente diferente. “É uma porta que se abre. É um primeiro passo de um novo caminho. Vamos encaminhá-los à empresa e temos certeza que, a partir daí, teremos resultados muito positivos. A capacidade que os jovens têm de se reinventar é muito maior que a nossa, de adultos. Hoje estamos em festa, com absoluta alegria e esperança”, ressaltou.
Comunicação Social TJSP – SB (texto) / KS (fotos)
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