Tribunal realiza live sobre o projeto "Não se Cale!"

Evento em parceria com Secretaria Estadual da Educação.
 
Na tarde de ontem (16) aconteceu a primeira live transmitida no perfil oficial da Corte paulista no Instagram (@tjspoficial). O tema foi a adesão da Secretaria Estadual da Educação à campanha ‘Não se Cale’, do TJSP, contra violência e abuso de crianças e adolescentes. O evento foi conduzido pela juíza Ana Carolina Della Latta Camargo Belmudes, idealizadora da campanha, e contou com a participação do secretário executivo da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Haroldo Rocha. A live está disponível no Instagram.
“A articulação da campanha ‘Não se Cale’ com a Secretaria da Educação surgiu da preocupação com o distanciamento social das crianças das escolas, onde grande parte dos casos de violência são detectados”, explicou a juíza Ana Carolina Camargo no início da transmissão. Segundo a magistrada, a parceria visa um trabalho conjunto de informação e prevenção da violência e abuso infantil, “pensando nas ferramentas que a secretaria de educação já possui”.
Uma destas ferramentas é o Conviva (programa de melhoria da convivência e proteção escolar). Haroldo Rocha apresentou o projeto, que visa identificar vulnerabilidades de cada unidade escolar para a implementação do Método de Melhoria de Convivência (MMC), além de atrelar ações proativas de segurança. A ideia é que toda escola seja um ambiente de aprendizagem solidário, colaborativo, acolhedor e seguro, na busca da melhoria da aprendizagem. 
Haroldo Rocha falou, também, sobre a interação aluno-professor, no período de pandemia, durante as aulas virtuais, ocasião em que podem ocorrer relatos de abusos e violência sofridos em casa ou em outro local. “No Centro de Mídias, o chat permanece aberto durante as aulas e, ali, algumas crianças fazem revelações sobre abusos que vêm sofrendo”, contou o secretário. “Temos uma equipe que fica monitorando estes chats e encaminha estas mensagens à escola para verificarem o que está acontecendo.” “É comum a criança pedir ajuda aos professores”, afirmou. “A educação é uma relação humana, que envolve emoção. A criança não aprende se não confia no professor.”
Para o retorno às aulas presenciais, o secretário executivo disse que haverá uma preparação específica, com profissionais de psicologia disponíveis para atender alunos e professores. Além dos que terão sofrido traumas diretamente relacionados à Covid-19, como a morte de parentes e pessoas próximas, poderá haver casos de crianças e adolescentes que terão sofrido abusos e que precisarão do apoio da instituição de ensino. 
Haroldo Rocha ressaltou a importância da campanha ‘Não se Cale’ na divulgação da rede protetiva para as vítimas de abuso e violência e para a própria sociedade. “O primeiro impacto da campanha é preventivo, pois as pessoas vão entender o quão fácil é denunciar. E quem pratica o crime de violência estará ciente de que poderá ser denunciado e penalizado.“
Ana Carolina afirmou que o papel da escola como formador e como fonte de informação de crianças e jovens é fundamental para que aprendam a se defender. “Já ouvi de crianças que só entenderam o que ocorria com ela quando assistiram a uma aula, a uma palestra na escola. Então, quanto mais educação, menos vulnerável a criança se torna”, pontuou a magistrada. Ela reforçou que o objetivo da campanha é fazer a sociedade compreender que pode e deve proteger as crianças sob abuso e violência. “Acredito na capacidade transformadora da Educação e é importante que a sociedade como um todo compreenda o papel que tem na proteção de crianças e adolescentes e dele se aproprie”.
 
 
Comunicação Social TJSP – DM (texto) / Reprodução (fotos) / MC (arte)
imprensatj@tjsp.jus.br

 

 

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