A quarentena instituída em razão da pandemia de Covid-19 estimulou o brasileiro a cuidar do próximo. Em todo o País, pessoas e empresas estão engajadas e participando de ações sociais. No Tribunal de Justiça de São Paulo não é diferente. Além das diversas campanhas de arrecadação de fundos e alimentos para doações, magistrados e servidores também têm participado e promovido iniciativas que minimizam os impactos do distanciamento social. 

Há cerca de um mês, a juíza de Bauru Marina Freire criou o projeto “Leitura Amiga” para levar o hábito da leitura às crianças acolhidas institucionalmente. Por meio do aplicativo Zoom, a magistrada começou lendo, uma vez por semana, livros infantis aos abrigos que se cadastraram na iniciativa e criou um perfil no Instagram (@projetoleituraamiga) para divulgar o trabalho. Cerca de 40 pessoas já se interessaram pelo projeto e se disponibilizaram a serem leitores amigos. “Eu trabalho com crianças abrigadas há bastante tempo, sou mãe e leio muito para meus filhos. Percebi o quão importante para a vida deles essa atividade é e decidi estender aquilo que já fazia todos os dias a outras crianças”, conta Marina Freire.

Atualmente as leituras acontecem todos os dias, às 20 horas, para crianças de 20 instituições cadastradas. “Consegui doações de notebooks para alguns abrigos que não tinham acesso ao projeto por conta da ausência de equipamentos. O trabalho está crescendo e diversos colegas juízes se interessaram”, destaca. Qualquer pessoa pode se tornar um leitor amigo. Basta selecionar um livro infantil, criar uma reunião no Zoom e disponibilizá-la aos abrigos cadastrados. “Cada pessoa tem um jeito, uma forma de interagir. O projeto é bem simples, a gente se conecta pelo Zoom, os abrigos que eu cadastro também se conectam e nós fazemos a leitura, como uma live normal. Algumas pessoas têm dificuldades com o Zoom, mas eu ensino a manejar e também verifico o livro a ser lido”, explica a magistrada. Interessados em participar do projeto podem entrar em contato pelo perfil do Instagram @projetoleituraamiga.

 

No início de abril, a equipe do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Osasco lançou campanha de arrecadação para a compra de cestas básicas e itens de higiene para moradores de rua e de comunidades da comarca. “A campanha cresceu e nosso Cejusc passou a ser um centro de distribuição de doações. Vieram outros parceiros, como assistentes sociais, educadores e promotores de Justiça, que só fizeram o projeto crescer”, conta o juiz coordenador do Cejusc, Mario Sergio Leite. Agora em agosto, o projeto chega à segunda etapa com a meta de distribuir 180 kits para famílias da comunidade de Fazendinha, em parceria com a iniciativa “Arte na Lata”. Interessados em doar podem contatar a equipe pelo WhatsApp (11) 94510-9689.

 

Comunicação Social TJSP – AA (texto) / LF (arte)
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