Valores da convivência são discutidos em palestra da EPM e CIJ

Exposição foi ministrada por Lia Diskin.

  A Escola Paulista da Magistratura e a Coordenadoria da Infância e Juventude (CIJ) realizaram na sexta-feira (12) a palestra Como promover o desenvolvimento de valores da convivência, com exposição da jornalista Lia Diskin e participação do desembargador Reinaldo Cintra Torres de Carvalho, coordenador do evento e da CIJ, e do juiz Egberto de Almeida Penido.
Na abertura, Reinaldo Cintra agradeceu a participação da expositora e destacou que ela “tem como objetivo de vida nos ensinar um pouco sobre o significado de uma convivência de paz, de uma sociedade mais justa, desarmada de tudo o que prejudica nossa interação enquanto pessoa e o nosso crescimento enquanto ser humano”.
Cofundadora da Associação Palas Athena, Lia Diskin iniciou com uma retrospectiva histórica sobre a humanidade, frisando a necessidade de compreender o passado para contextualizar o presente. A expositora mencionou como valores prevalentes na sociedade atual o consumismo e a acumulação, a competição e o individualismo. “O individualismo como fonte de fortalecimento do egocentrismo tende a atenuar as potencialidades altruístas e solidárias, o que resulta na desintegração das comunidades tradicionais”, ponderou. Discorreu também sobre a evolução dos direitos das mulheres e das crianças e sobre a Cultura da Paz, esclarecendo que ela tem o intuito de deslegitimar a violência como meio instrutivo e relacional, “desconstruindo uma cultura que associou educação com punição, sofrimento com aprendizagem, disciplina com castigos corporais ou verbais, aquisição de bom comportamento com humilhação e exposição à vergonha e autoridade com repressão abusiva”.
Lia Diskin salientou que, para promover os valores da convivência, é necessário quebrar o ciclo vicioso da “violência redentora”, que não redime nem a vítima nem o algoz, tão pouco resolve o problema ou o conflito que a originou. Entre as novas habilidades da convivência, citou a mediação, a Justiça Restaurativa, a Comunicação não violenta, jogos cooperativos, dinâmicas relacionais, processos circulares, simplicidade voluntária, compartilhamento e acessibilidade. A respeito do diálogo, destacou que ele deve ser uma atitude de abertura ao que o outro oferece. “Para isso, necessariamente terei que abrir mão de meus pressupostos, meus preconceitos, minhas verdades únicas, porque entendo que existem múltiplas facetas com que a verdade se expressa”, concluiu.

 

Comunicação Social TJSP – LS (texto) / Reprodução (imagem)
imprensatj@tjsp.jus.br

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