EPM promove curso sobre enfrentamento da violência doméstica e avaliação de risco

 
Heloísa Buarque de Almeida foi a expositora.
 
 
Teve início na terça-feira (16) o curso Enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher – avaliação de risco – ferramenta necessária da Escola Paulista da Magistratura (EPM). A aula foi ministrada pela professora Heloísa Buarque de Almeida e teve a participação da coordenadora do curso, desembargadora Angélica de Maria Mello Almeida, do conselheiro da Escola desembargador Dácio Tadeu Viviani Nicolau, e das juízas integrantes da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Poder Judiciário do Estado de São Paulo (Comesp) Teresa Cristina Cabral Santana (vice-coordenadora), Rafaela Caldeira Gonçalves e Danielle Galhano Pereira da Silva, também coordenadoras do curso, e Renata Mahalem da Silva Teles. A gravação pode ser acessada no canal da EPM no YouTube.
Angélica de Almeida agradeceu a parceria da EPM e a participação de todos, em especial da palestrante. Ela esclareceu que o curso visa examinar a questão da violência de gênero sob o prisma dos riscos à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial e de morte da mulher, no âmbito doméstico e familiar. "Na sociedade brasileira ainda temos isso introjetado e arraigado em nós, ainda somos muito complacentes com a violência contra a mulher no espaço doméstico e familiar. O número de feminicídios desafia e exige a atuação de cada um de nós no seu campo de trabalho e estarmos atentos aos sinais visíveis e invisíveis da violência", ressaltou.
Heloísa Buarque abordou o tema "Gênero – conceito e histórico – desigualdades sociais em virtude do gênero". Ela iniciou a exposição explanando sobre o conceito de gênero e apresentou um panorama das concepções socialmente construídas ao longo da história. Também explicou a relação de gênero com outros marcadores sociais como raça, classe, sexualidade, geração. Ela enfatizou que a diversidade humana é grande e muito influenciada pelo contexto social, que é aprendido e não determinado pela genética ou pela biologia. "O nosso corpo, em si, determina muito pouco do que é a nossa vida", frisou. A professora explicou que gênero se refere a diversas esferas: aos símbolos culturalmente disponíveis, sejam religiosos, midiáticos ou tradições; aos conceitos normativos que evidenciam interpretações desses símbolos, definindo socialmente masculinidades e feminilidades, entre outros. Ela destacou também a importância de se estudar a questão de gênero nos ambientes acadêmicos e não apenas nas ciências sociais.
Dácio Tadeu Viviani Nicolau parabenizou a palestrante e as coordenadoras. "A professora Heloísa transmitiu com muita clareza conceitos difíceis e que certamente levaram décadas para serem aprendidos e trabalhados. Agradeço a todos que nos assistiram e desejo que reservem algum tempo para refletirem a respeito do que foi dito. A professora disse tudo ao falar sobre a importância da educação", ponderou.
 
 
RF (texto) / Reprodução (imagens)
 
 
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