A linha de frente do combate à Covid-19 no TJSP
Médica judiciária relata como a crise foi enfrentada.
Em 18 de outubro comemoramos no Brasil o Dia do Médico. A data faz referência a São Lucas, o padroeiro da profissão. Em outros países a homenagem ocorre em memória de médicos célebres ou em datas importantes para a medicina. Mas o que vem sendo uma unanimidade em todo o mundo nos dois últimos anos é a gratidão e respeito pelo batalhão de uniforme branco, que assumiu a linha de frente no enfrentamento à pandemia.
No Tribunal de Justiça de São Paulo, uma equipe competente e incansável, liderada pela médica judiciária e diretora da Diretoria de Licenças Médicas, Perícias Médicas e Reinserção de Servidores, Daniele Perroni Kalil, encarou a pandemia do novo coronavírus com maestria, coragem e êxito desde os primeiros – e mais desafiadores – dias. “Como médica, preservar vidas é uma responsabilidade. Não somente do público do TJSP, mas também de minha família, minhas filhas, amigos e qualquer paciente, sem distinção. Por isso, em nenhum momento deixei de sentir medo. Todo profissional de saúde, nesses dois anos, enfrentou seu próprio medo e o medo alheio. Nesse momento, a coragem, foi nossa principal ferramenta”, ponderou.
Mãe de duas filhas, irmã e filha de profissionais do Direito, Daniele desde cedo escolheu a medicina como profissão e empenhou-se para construir sua carreira. Após muitos anos de trabalho e experiência, ingressou no TJSP em 2003, no extinto Primeiro Tribunal de Alçada. Com a unificação dos Tribunais continuou trabalhando no ambulatório do Pátio do Colégio por aproximadamente oito anos e, em 2014, foi transferida para a Diretoria de Perícias (a convite do então diretor e médico judiciário Ricardo Bento Terres) por conta de sua especialização em medicina do trabalho e perícias e experiências anteriores em outros órgãos públicos. Ao assumir a diretoria do setor, em 2018, a médica não poderia prever os desafios que enfrentaria nos anos posteriores.
Daniele Kalil conta que, no início, como muitos, chegou a pensar que a pandemia não atingiria o Brasil. “Parecia algo muito distante para um país tropical, até que em fevereiro de 2020. No primeiro caso suspeito dentro do TJSP, começamos de imediato a delinear quais as providências seriam adotadas a partir daquele momento. A partir daí, veio um turbilhão de acontecimentos”, relembrou.
Como profissional da saúde, Daniele destaca que, ainda que a pandemia da Covid-19 tenha sido um acontecimento sem precedentes na história da Corte, a tomada de decisões e as medidas adotadas com firmeza e precisão superaram todas as dificuldades que, seguidamente, surgiram. “Inicialmente, implementamos a licença compulsória de 14 dias a partir do início dos sintomas, antes mesmo de determinação dos órgãos de vigilância sanitária ou direcionamento do Ministério da Saúde. O TJSP priorizou a saúde de sua equipe, com bom senso e baseado na ciência, e isso foi fundamental para o sucesso do trabalho”.
Para a médica, que acompanhou momentos de desespero e pesar de pessoas que enfrentaram o vírus ou tiveram casos na família, a lembrança das sequelas físicas e emocionais que viu marcar seus pacientes é inevitável. “Nos momentos mais críticos da pandemia, em que estávamos na fase vermelha, com hospitais superlotados, pude acompanhar, pessoalmente ou a distância, alguns servidores que estavam longe de suas famílias, oferecendo apoio técnico e emocional”. A diretora da área médica menciona ainda outra grande aliada nesse período crítico – a tecnologia. A médica chegou a atender mais de 50 pessoas diariamente, tanto da Capital quanto do Interior do Estado, por e-mail, telefone ou Teams, pelos quais conseguia tirar dúvidas e fornecer receitas de uso contínuo.
Mesmo com a redução de casos e óbitos da pandemia, graças à imunização da população, Daniele aponta que o Tribunal continua a ser modelo de pioneirismo e ações eficazes. “A equipe de saúde permanece atenta e alinhada com a ciência. Tivemos um grande apoio do juiz assessor da Presidência Rodrigo Nogueira, com sua atitude firme e a habilidade organizacional, fundamental para esse trabalho. Foi um grande desafio, mas também uma grande realização participar desta gestão, em que a área de saúde pôde fazer a diferença. Tenho orgulho de minha equipe e do trabalho que desenvolvemos. Tive a oportunidade de me comunicar com o Estado inteiro. Acredito que muitos magistrados e servidores, quando lerem essa matéria, dirão: ‘Olha! Eu falei com essa médica".
Ela, que há 25 anos dedica-se ao ofício de priorizar a saúde e a vida de seus pacientes, mesmo em meio à crise sanitária e diante de um vírus ainda ameaçador, se declara otimista. “Se continuarmos a priorizar a ciência, iremos vencer. Como já estamos vencendo“, e declara também, seu compromisso com a missão que assumiu na vida e no TJSP: “Amo minha profissão. Mesmo diante de dificuldades, jamais me arrependerei da minha escolha. Gosto de atender pessoas e escutá-las. Realizo-me no trabalho”, encerrou Daniele Kalil.
Comunicação Social TJSP – TM (texto) / KS (foto) / LF (arte)
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