Pessoas com deficiência foram as protagonistas.

Na terça-feira (7), segundo dia de programações da 2ª Semana de Acessibilidade do Tribunal de Justiça de São Paulo, o diretor de arte, cartunista e ilustrador Max Figueiredo contou sua história de vida na palestra “Superação para enfrentar os desafios da vida” e o servidor do TJSP Carlos Renato Silva dos Reis alegrou o público com o grupo Renatinho7cordas e amigos. O evento virtual foi transmitido para público interno, via plataforma Teams, com recursos de acessibilidade em Libras e legenda em português.
Max Figueiredo iniciou a palestra contando ao público sobre um acidente que mudou o rumo de sua vida. No auge de sua carreira profissional e realização pessoal, o cartunista andava de moto quando foi atingido por um carro que vinha na contramão. As sequelas do acidente foram profundas – amputação de uma das pernas, comprometimento total do braço direito e Max passou 13 dias em coma. “Hoje falo sobre tudo isso com muita naturalidade, mas por muito tempo foi muito difícil. Eu não nasci com deficiência, me tornei pessoa com deficiência aos 33 anos. Mexeu muito com minha cabeça e tentei lidar da melhor maneira possível, mas quando voltei para casa eu já não era a mesma pessoa. Todo esse processo foi bem complexo, mas aos poucos fui descobrindo como encontrar uma saída. Eu havia me tornado outra pessoa e precisei descobrir quem era essa pessoa em que eu havia me tornado”, refletiu.
No processo árduo e gradativo de superar o acidente e suportar as mudanças ocorridas tão abruptamente em sua vida, o artista dos quadrinhos conheceu o esporte.  Com o tempo, também voltou a desenhar, desta vez com a mão esquerda. “Muitas portas se abriram e outras pessoas começaram a se inspirar em mim. Então ao me ajudar, acabei me tornando referência e ajudando outras pessoas também.”
Como resultado de sua própria história de superação, surgiu o trabalho voluntário. “Com a ajuda de muitas pessoas, consegui uma armadura igual à do Homem de Ferro e com ela veio um ‘super poder’: o poder de levar alegria às crianças que estavam hospitalizadas ou que passaram pelo mesmo processo que eu passei”. O palestrante lembrou, emocionado, diversas histórias de crianças que não conseguiam reagir aos tratamentos, mas quando viam os super-heróis reagiam, se movimentavam, de maneira espontânea. “Isso faz tudo valer a pena. Aquele Max que eu fui não existe mais, ele deu lugar ao atleta e ao super-herói, e eles são bem mais fortes do que o de antes”.
Ao final da palestra, os participantes puderam apreciar a apresentação musical do grupo Renatinho7cordas e amigos. O grupo trouxe a alegria do samba com as músicas “Baião de dois” e “Quarentena”, de autoria de Nino Miau; interpretadas por Carlos Renato Silva dos Reis, servidor com deficiência visual.  Magistrados e servidores receberão os links para as palestras por e-mail.

  Comunicação Social TJSP – TM (texto) / PS (reprodução e arte)
imprensatj@tjsp.jus.br

 

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